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Contexto histórico
O fim da Idade Média (também conhecida como Idade das Trevas) trouxe consigo a divisão marcante de épocas. O Renascentismo nascia com vontade e potencial de mudar a expressão cultural e filosófica do homem, que vinha desgastado das “trevas”. Mas essa transição entre a Idade Média e o Renascentismo também foi marcada pela separação entre Teologia e Filosofia – que antes andavam lado a lado e, para muitos, deveriam ser “a mesma coisa”.
O que é o antropocentrismo?
Se opondo a ideia do teocentrismo (que defendia que Deus deve ser o centro do pensamento e das ações do homem), nasceu o antropocentrismo, uma ideia onde se defende que o homem deve estar no centro das ações, da cultura, da história e da filosofia – o homem como o centro dos cosmos. O antropocentrismo foi a principal ideia do humanismo renascentista, que visava uma nova época, se afastando cada vez mais da Idade Média. Os renascentistas defensores do antropocentrismo “pregavam” a razão, o homem e a matéria. Queriam também ver o prazer desvencilhar-se do rótulo de “pecado”, rompendo paradigmas característicos da era anterior. O antropocentrismo veio, enfim, romper com os costumes da Idade Média e seu teocentrismo conservador.
Os filósofos humanistas
A filosofia recuperava sua força após o fim da idade das trevas, e seus filósofos acompanhavam. Posteriormente ao início do renascentismo, as preocupações desses filósofos giravam em torno dos seguintes temas:
- O homem
- A sociedade
- A natureza
Opondo-se à sociedade apática filosoficamente da Idade Média, os filósofos renascentistas exploravam suas próprias mentes, buscando problematizar a realidade ao máximo. Outra grande característica deles foi a valorização da ciência, que viu no renascimento a oportunidade de começar a se desenvolver em grandes passos, já que os renascentistas defendiam-na, juntamente com a razão. Para eles, tudo poderia ser explicado pela razão e/ou pela ciência. Além da ciência, a arte e a literatura também ganharam notoriedade, já que o Renascimento valorizava as evoluções das mesmas.
O antropocentrismo só valorizava ainda mais as mudanças proporcionadas pelo renascimento, já que o homem era colocado em primeiro plano e suas ações agora rendiam mais frutos, mais conhecimento e uma sociedade buscando melhoras.
Alguns nomes mais conhecidos de renascentistas defensores do antropocentrismo são: Nicolau Maquiavel, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e René Descartes.
O século XXI e o antropocentrismo
Nos dias de hoje, o antropocentrismo ainda predomina na sociedade, contudo, agora existe uma espécie de “equilíbrio”, pois a fé religiosa (defendida pelo teocentrismo) não foi extinta. Nem o capitalismo exacerbado que rege o mundo e o moderno pensamento humanista foram capazes de extinguir estilos de vida baseados na fé. A diferença é que agora, muitos religiosos também defendem algumas ideias do antropocentrismo.