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Biografia de Cândido Portinari

Nascido em Brodowski, interior de São Paulo, no dia 29 de dezembro de 1903, Cândido Torquato Portinari era filho de imigrantes italianos. Com seis anos de idade, já começou a demonstrar aptidão para o desenho e, sem concluir o ensino primário, aos 14 anos, participou da restauração da Igreja da cidade. Com 15 anos, começou a estudar no Liceu de Artes, seguido de cursos de desenho e pintura na Escola Nacional de Belas Artes. Sua primeira exposição foi aos 20 anos. Casou-se com a uruguaia Maria Victoria Martinelli, com quem teve um único filho, João Cândido. Em 1962, o artista foi vítima de intoxicação com as tintas que utilizava em seus trabalhos, vindo a falecer.

Biografia de Cândido Portinari

Foto: Reprodução

A vida profissional de Portinari

Após sua primeira exposição, em 1923, o artista ganha três prêmios com o retrato do escultor Paulo Mazzucchelli no Salão da Escola de Belas Artes. No ano seguinte, participou do salão com sua obra Baile na Roça e, em 1928, com o retrato do poeta Olegário Mariano. Com este último, ganhou um prêmio de uma viagem para a Europa. Antes de ir, Portinari fez uma exposição individual com 25 retratos.

Durante sua viagem, estudou muito e quase não pintou e em dois anos em Paris, encantou-se pela pintura moderna da Escola Parisiense. Em 1930, conhece Maria Martinelli, com quem se casa. De volta ao Brasil, seu quadro O Café foi premiado na mostra internacional promovida pelo Instituto Carnegie de Nova York, em 1935. O artista pintou painéis Guerra e Paz, na sede da ONU em NY, e o mural da Biblioteca do Congresso em Washington.

O autor de quase 5 mil obras, tinha reconhecimento internacional merecido, e recebia convites para exposições, além de encomendas de diversos países ao redor do mundo.

Características de suas obras

O artista tinha características peculiares em suas obras. Procurava mostrar as questões sociais de seu país, Brasil, além de usar elementos artísticos adotados da arte moderna europeia. Portinari, em suas obras de arte, reflete suas influências advindas do surrealismo, do cubismo e da arte dos muralistas mexicanos, utilizando-se de arte figurativa e sempre valorizando as tradições da pintura.

Principais obras

Entre suas pinturas, as que mais receberam destaque foram “São Francisco de Assis”, “A Primeira Missa no Brasil”, “Tiradentes” e a “Chegada de D. João VI ao Brasil”. Entre seus retratos, os mais conhecidos e populares são o que fez de sua mãe, de Mário de Andrade, de Olegário Mariano e, além disso, ilustrou para as edições de luxo da Livraria Gallinard Graham Greene e André Maurois.