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Ciclo lítico

Vírus

Antes de falarmos sobre o ciclo lítico, temos que falar um pouco sobre os vírus. Estes são seres acelulares – desprovidos de estrutura de células, como em todos os seres vivos. Por isso, são completamente dependentes dos mecanismos bioquímicos da célula hospedeira para seu desenvolvimento e multiplicação. Considerando esse fato, os vírus são classificados como parasitas intracelulares obrigatórios.

Ciclo lítico

Foto: Reprodução

A reprodução

Existem dois tipos de ciclos por meio dos quais se reproduzem: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Quando apresenta a reprodução por ciclo lítico, sobre o qual se trata este artigo, o vírus recebe o nome de lítico ou virulento. Como exemplos desses, podemos citar os bacteriófagos ou fagos – vírus que destroem as células.

Durante esse ciclo, o vírus faz a inserção de seu material genético no material da célula hospedeira. As funções normais dessa célula são, então, interrompidas na presença do ácido nucléico do vírus. Este passa, dessa forma, a dominar o metabolismo da célula e acaba por destruí-la. Esse ciclo possui cinco fases a serem descritas a seguir.

1ª – Adsorção

Nessa primeira fase, acontece o reconhecimento e a fixação do vírus à célula. Os vírus acometem apenas um tipo exclusivo de célula – por isso são parasitas específicos – e devido à presença das substâncias químicas da célula hospedeira, são capazes de detectá-lo e prender-se à membrana.

2ª – Penetração

Passado o primeiro passo, o vírus faz a inserção de seu material genético na célula hospedeira de forma direta, por meio de endocitose, ou ainda por fusão do envelope viral. Na primeira situação, apenas o material genético é injetado, deixando a parte proteica do lado externo. Na segunda situação, há a fixação do vírus, promovida pelos receptores químicos da membrana celular e, em seguida, o vírus é englobado por suas invaginações. No terceiro caso, o envelope viral funde-se à membrana celular, o capsídeo se desfaz e o genoma invade a célula. Esse terceiro caso, no entanto, acontece somente com vírus envelopados.

3ª – Síntese

Durante a síntese, o vírus começa a determinar as atividades metabólicas da célula de forma que, as enzimas, antes utilizadas na síntese proteica e de ácidos nucleicos na célula, começam a ser responsáveis pela produção de partículas virais.

4ª – Montagem

Tendo sido produzidos, os componentes do vírus são organizados e passam a formar novos parasitas.

5ª – Liberação

Na quinta e última etapa, as dezenas de novos parasitas produzem uma enzima viral conhecida como lisozima. Essa rompe a célula hospedeira – realiza a lise celular -, processo favorecido pelo esgotamento celular devido à sua utilização para a produção de estruturas virais. Por meio da destruição das células, os vírus então se libertam e começam novas infeções em células vizinhas, recomeçando todo o ciclo.