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Cientistas encontram pássaro com mais de 66 milhões de anos preservado

Quem já assistiu a algum dos filmes da franquia Jurassic Park, deve se lembrar que os dinossauros foram trazidos de volta depois que pesquisadores encontraram vestígios de sangue no interior de insetos hematófagos.

Esse insetos ficaram preservados durante milhões de anos, no âmbar de uma árvore. Entende-se por âmbar, uma espécie de gema que se forma quando a resina de uma árvore perde a água e o ar. A partir desse material extraído do interior desses insetos foi possível ter acesso ao DNA dos répteis gigantes do período pré-histórico.

Infelizmente, vários cientistas da área da paleontologia defendem que esse tipo de processo não é aplicável no “mundo real”, mas por outro lado, o âmbar pode sim preservar animais por milhões de ano e ser útil no estudo, até mesmo para catalogar novas espécies descobertas ou aquelas que possuem poucas informações à respeito.

Fotos: Reprodução/ National Geographic

Recentemente, veio a público o espécime mais bem preservado em âmbar encontrado até hoje, que foi achado em Myanmar (ou Birmânia), um país que fica no sudeste do continente asiático. O animal, um filhote de pássaro da subclasse dos Enantiornithes, é um tipo primitivo de ave anterior à que nós conhecemos que viveu durante o período Cretáceo (145–66 milhões de anos atrás).

Batizado de Belone dos cientistas, o pássaro teve praticamente metade de seu corpo conservado, estando em quase perfeito estado sua cabeça, pescoço, asa, rabo e pata.

O espécime foi descoberto por mineradores e logo chamou a atenção de estudiosos. Assim que ouviu falar sobre uma peça da resina encontrada com uma estranha “garra de lagarto” dentro, Guang Chen, diretor do museu de âmbar Hupoge Amber Museum, localizado na cidade chinesa de Tengchong, comprou o material.

 

A partir da pata foi que ele conseguiu identificar que o pássaro pertencia à subclasse dos Enantiornithes, que curiosamente eram um grupo de aves que possuíam dentes e acabaram sendo extintos junto aos dinossauros.

A ilustração abaixo demonstra a pose em que a pobre ave ficou preservada. Ela tinha apenas alguns dias de vida quando acabou ficando presa na seiva da árvore que se transformou em âmbar.

 

Com informações de National Geographic

Sobre o autor

Jornalista formado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo (UniFavip-DeVry). Possui experiência prática de dois anos na área de produção de textos para web e social media (MTB/PE: 6771). Atualmente trabalha com produção de conteúdo audiovisual para plataformas digitais, sendo as principais os canais do Remédio Caseiro e do Clube para Cachorros, no YouTube.