Colonização espanhola

Durante o século XV, o forte comércio europeu começou a buscar sua expansão, saindo da zona de conforto que encontrava no próprio continente e desbravando novos territórios – que lhes davam matéria-prima, mão-de-obra e oportunidades de vendas. Essa expansão ocorreu pelos mares, e foi durante esse período que aconteceu a famosa viagem de Colombo, em 1492. A Espanha foi a responsável pela descoberta das Américas e até hoje existem controvérsias sobre isso (alguns afirmam que foi acidental, já que almejavam as Índias, mas outros dizem que os espanhóis já sabiam da existência do nosso continente). Mas independente disso, foi essa viagem de Colombo que mudou o rumo das Américas, abrindo as portas para a colonização nesse território.

O choque entre culturas

Quando os espanhóis chegaram às Américas, enfrentaram (junto com os nativos) e criaram problemas como:

  • Já existiam grandes civilizações, muitas delas bem estruturadas, com grandes centros urbanos e com instituições políticas e sociais elaboradas.
  • As doenças trazidas por eles da Europa afetavam a população nativa, dizimando milhares em pouco tempo.
  • Os espanhóis provocavam conflitos entre duas tribos locais, por exemplo, para que ambas se desgastassem em brigas, facilitando o domínio hispânico após algum tempo.

Os colonizadores buscavam, pouco a pouco, a dominação total do território e de sua população, já que o interesse real era econômico mercantil – não importando a população e como viviam antes da chegada dos navios, repletos de europeus com armas de fogo e cavalos.

Colonizando de verdade

Após as dificuldades iniciais, os espanhóis efetivaram o seu projeto de colonização nas terras a oeste do famoso Tratado de Tordesilhas. Essas terras eram exploradas em busca de metais preciosos, que eram o que realmente desejavam. Elas ficaram divididas assim:

  • Quatro grandes vice-reinados: Rio da Prata, Peru, Nova Granada e Nova Espanha.
  • Outras quatro capitanias menores: Chile, Cuba, Guatemala e Venezuela.

E quanto ao esquema administrativo:

  • Em cada uma delas, havia um vice-rei e um capitão-geral, escolhidos pela coroa. Eles comandavam o corpo administrativo de suas respectivas capitanias.
  • Existia um órgão chamado Conselho Real e Supremo das Índias que era dedicado às questões coloniais.

Com uma colonização que almejava apenas os ganhos em cima das riquezas das terras descobertas, restava para os nativos o trabalho de mão-de-obra. Acredita-se que a relação de trabalho era escravista, formada por:

Colonização espanhola

Imagem: Reprodução

  • Mestiços: responsáveis por atividades auxiliares na exploração colonial – mas se fossem muito pobres, realizavam as mesmas atividades que os dois grupos seguintes.
  • Índios: mão-de-obra para retirada de metais preciosos, geralmente trabalhavam em “troca” de catequese e alimentos.
  • Escravos: eram africanos e minoria, mas bastante explorados.

O processo de colonização espanhola só começou a ruir no final do século XVIII, quando as ideias do Iluminismo e a crise da Coroa Espanhola interferiram diretamente. A partir daí, iniciou-se o processo de independência das colônias, colocando um ponto final no pacto colonial.