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Crise do sistema colonial

A crise colonial teve como antecedentes as diversas revoluções que ocorreram não só na Europa, mas também na América do Norte e uma série de movimentos nativistas realizada na colônia portuguesa.

A burguesia estava em constante Ascenção do poder na Europa e neste período predominava o Iluminismo Burguês com racionalismo, liberdade, igualdade e felicidade, ao contrário do que pregava o Antigo Regime. Esse pensamento iluminista ajudou ainda a fortalecer e fazer acontecer a Revolução Industrial, a Americana e a Francesa.

Para que pudessem explorar mais a colônia, as metrópoles precisavam desenvolvê-las, mas quanto mais estas cresciam, mais se aproximavam da independência. Com a chegada da Revolução Industrial na Inglaterra, por volta de 1970, os industriais passaram a desejar o fim das colônias modificando as relações econômicas. Isso para que estas pudessem consumir os produtos e fornecer matéria-prima barata.

Dez anos depois, as Treze Colônias Inglesas tornaram-se independentes com a Revolução Americana e em 1789, a Revolução Francesa aconteceu, sendo caracterizada pela ascensão da burguesia e pela quebra do antigo sistema colonial.

Crise do sistema colonial

Foto: Reprodução

Como se deu a crise?

Com todas essas revoluções, a Independência dos Estados Unidos da América e as ideias iluministas, vários movimentos emancipacionistas foram realizados, como a Inconfidência Mineira que aconteceu no ano de 1789, que apesar de ter caráter idealista, foi a primeira rejeições ao sistema colonial português. Além deste movimento, outros importantes foram a Conjuração Baiana ou dos Alfaiates, que aconteceu em 1798 e a Conspiração dos Suassunas no ano de 1801.

Com o surgimento das novas ideias, assim como transformações econômicas e sociais e o desenvolvimento da colônia, a população colonial começou a ter um sentimento de emancipação que deu origem à crise no sistema colonial.

O processo de independência do Brasil

No Brasil, a crise do sistema colonial foi marcada por contestações e aspirações de liberdade do povo brasileiro.

Portugal, devido à União Ibérica, a luta contra a presença holandesa no território colonial, assim como o declínio da produção de açúcar, entrou em crise financeira e econômica.

O país então firmou um acordo comercial com a Inglaterra, demonstrando a crise e a dependência econômica que estaria sendo firmada. Até o século XIX não existia nenhum projeto unificado de Brasil, e as províncias pensavam de forma separada quando discutiam uma independência – sendo que esta, inclusive, não tinha o mesmo significado para todos. Algumas pessoas participantes da elite colonial se enxergavam como portuguesas e não brasileiras, gerando conflitos.

A independência do Brasil somente se deu quando Dom João voltou à Portugal. Dom Pedro permaneceu no Brasil, firmando um acordo com uma nova elite que defendia a união com Portugal. No ano de 1822, mais especificamente em 7 de setembro, Dom Pedro declarou a independência sem revolução.