,

Czarismo

Os czares eram imperadores que controlavam o governo autocrata da Rússia medieval. O país era regido por opressão e domínio durante o czarismo que tinha como base o absolutismo. Durante o período em que governava de forma absoluta, o imperador russo era chamado de czar e agia politicamente em busca da ampliação de seu poder. Muito semelhante ao absolutismo, o governo trazia ao país a falta de liberdade por parte de todos, inclusive a nobreza que, na teoria, era livre, mas que sempre seria subjugada pelo czar.

Czarismo

Foto: Reprodução

Contexto histórico

No século XX a Rússia era uma Monarquia Absoluta comandada por um Czar que era amparado pela nobreza rural em uma burocracia. As “Leis Fundamentais do Império”, publicadas no ano de 1892 contavam com um artigo que dizia que “O imperador de todas as Rússias é um monarca autocrata e ilimitado um rei (Czar). O próprio Deus determina que o seu poder supremo seja obedecido, tanto por consciência como por temor.”.

Alguns partidos, no entanto, foram criados e atuaram na clandestinidade como uma forma de oposição devido à falta de liberdade de expressão.

As duas correntes de pensamento

Nos anos de 1840, as opiniões se dividiram e originaram no país duas atitudes diferentes, chamadas de eslavofilia e ocidentalismo. A primeira forma de pensamento baseava-se na afirmação da singularidade do passado nacional russo e na ideia de resistir às ideias do Ocidente que eram consideradas como decadentes e fonte de um nacionalismo materialista. A segunda, em contrapartida, considerava que os ideais da cultura ocidental eram superiores e queriam inseri-los e difundi-los no país. Eram a favor da ciência, do governo constitucional e dos valores liberais e, além disso, iam contra a servidão.

O fim do czarismo na Rússia

No ano de 1869, Karl Marx teve seu livro O Capital traduzido para o russo e, desde então, suas ideias revolucionárias ganhavam mais espaço e torcida no país. Em 1898 foi fundado o Partido Social Democrata por Plekhanov com uma linha de pensamento marxista e, posteriormente, no ano de 1900, surgiu o Partido Social Revolucionário. Esse acreditava que a implementação do socialismo poderia ser feita sem passar pelo capitalismo, ao contrário do outro partido.

A política repressiva do czarismo somente fez com que os ideais da oposição se fortalecessem. O ministro Plehve, então, intencionando apaziguar a opinião pública e a maré revolucionária, buscou a expansão territorial para o Pacífico onde conquistou a região onde atualmente é a Coreia. Isso gerou uma guerra, pois este território era de interesse também do imperialismo japonês.

Com isso, houve uma guerra em que o líder Plekhanov – menchevique –dizia que “Se o Czar vencer o Japão, o povo russo será vencido”. Inúmeras manifestações tiveram início com as dificuldades materiais e derrotas que acabaram por denunciar a incapacidade do governo Czar.

No ano de 1904, então, Plehve, ministro, foi assassinado e, no mesmo ano, os liberais começaram a reclamar por reformas. A partir disso, o Czar Nicolau acabou implementando algumas mudanças, mas nada realmente substancial, o que fez com que revoltas como o Domingo Vermelho surgissem.

O Czar passou então a aceitar um acordo em que seria feito uma constituição, no entanto, ainda assim, poucas foram as mudanças. Algumas coisas melhoraram, mas no ano de 1911 Stolypin, ministro, foi assassinado e, dessa forma, o governo acabou cercado de conselheiros incapazes. Novamente o país buscou a expansão na Ásia gerando outra guerra que não havia condições financeiras e militares de ser sustentada. As dificuldades aumentaram e as guerras fizeram com que muitas manifestações e greves fossem realizadas. Mesmo as tropas que eram enviadas para dispersar os manifestantes acabavam unindo-se ao manifesto e, com isso, percebia-se que já não havia autoridade do governo. No ano de 1917 houve uma Revolução Russa que acabou demarcando a divisa entre o final do Czarismo e o começo da União Soviética.