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Diferenciação celular

Chamamos de diferenciação, na biologia, o processo que todas as células vivas passam para especializar-se em determinada função. Essas células, apesar de serem diferenciadas, continuam com o mesmo código genético da primeira célula, e a diferença entre elas está na inibição ou na ativação de determinados grupos de genes – estes responsáveis por definir a função de cada uma delas. Isso, além de determinar sua função, acarreta em algumas mudanças na estrutura das células.

Chá de couve

Foto: Reprodução

Formação

Com a fecundação de um óvulo por um espermatozoide, a vida inicia-se formando uma primeira célula que passará pelo processo de divisão até chegar às oito células – células tronco totipotentes. A primeira diferenciação acontece quando o embrião possui um valor aproximado de 100 célula s – aproximadamente com cinco dias de fecundação, formando o blastocisto. Nesse caso, as células que encontram-se na parte externa passam pelo processo de diferenciação e passam a ser responsáveis pela formação dos anexos embrionários. Enquanto isso, aquelas células que ficaram na parte interna, também passando pelo processo de diferenciação, passam a ser células tronco pluripotentes, que são responsáveis e capazes de formar todos os tecidos. Antes, quando ainda estão passando pelo processo de divisão – até 8 células – cada uma das células é capaz de formar um ser completo, quando inserida em um óvulo. Ao passar pelo processo todo e serem células-tronco pluripotentes, estas poderão formar todos os tipos de tecidos do corpo, mas não mais um ser completo.

Atuação e como acontece a definição

As células diferenciadas atuam de forma isolada – como por exemplo os gametas e as células sexuais de organismos menores como as bactérias –, ou ainda agrupados em tecidos diferenciados como o ósseo e o muscular.

Esse processo de diferenciação, no entanto, ainda é um mistério: não se sabe qual é o comando recebido pelas células que é responsável por determinar sua especificidade, assim como não se sabe como estas compreendem o seu destino e função dentro do organismo.

Sabe-se somente que a definição acontece durante o crescimento do embrião para formação dos tecidos nervoso, sanguíneo, adiposo, muscular e ósseo. Sabe-se também que a diferenciação é um processo terminal, ou seja, não possui reversão: uma vez que uma célula é diferenciada para formar o fígado, ela passará somente a dar origem às células hepáticas (suas células-filhas).