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Economia açucareira

A economia açucareira teve início no litoral e foi bastante lucrativa para os portugueses, já que o produto era muito consumido na Europa. Com o tempo, a produção de açúcar em terras brasileiras tornou-se o principal motor da economia colonial.

Embora tenha passado por crises na região Nordeste, a economia açucareira foi essencial para o desenvolvimento do país e se manteve até o início do século XIX, estabelecendo o modo de utilização das terras e as relações entre os trabalhadores.

Antecedentes históricos

A partir de 1530, Portugal tinha a necessidade de modificar o seu modo de dominação sobre as terras da sua então colônia Brasil, já que precisava proteger o território dos invasores e procurava formas de intensificar a exploração econômica da região. O governo português, ao buscar transformar a colônia em uma região economicamente viável, precisava preparar os recursos, a mão de obra e a tecnologia necessária para a exploração das terras.

Devido ao alto custo do investimento, a metrópole optou uma atividade econômica mais viável e, ao notar as características das terras coloniais e a necessidade do mercado europeu, decidiu dar início à exploração da cana-de-açúcar.

Economia açucareira

Foto: Reprodução

A exploração do açúcar no Brasil

Nas terras brasileiras, as plantações de açúcar utilizaram o trabalho escravo, a monocultura e as grandes propriedades.

O litoral da Bahia e de Pernambuco foram as principais regiões produtoras de açúcar e os engenhos, que eram as grandes unidades de produção, foram rapidamente instalados nessas regiões. O engenho possuía um conjunto de instalações, dentre as quais a moenda, local onde era extraído o caldo da cana. Além do engenho, existiam a senzala (local de moradia dos escravos), a casa grande (moradia do proprietário), as estrebarias e oficinas.

Os portugueses não conseguiram submeter as populações indígenas que aqui viviam ao ritmo intenso de trabalho e deu início à prática do tráfico negreiro.

Além dos portugueses, os holandeses também participaram ativamente na economia açucareira do Brasil. Eles controlavam a distribuição e o comércio do produto, transportando e refinando a matéria prima para o consumo no continente europeu.

A queda da economia açucareira

O início da decadência da economia açucareira deu-se na segunda metade do século XVI e teve ligação direta com a concorrência da produção antilhana. Após serem expulsos do Brasil, em 1654, os holandeses montaram um complexo produtor de açúcar nessa região, onde desenvolveram modernas técnicas e aumentaram a produtividade com um menor preço para o mercado.

O Brasil, que até então detinha o monopólio do açúcar, não resistiu à concorrência e passou a ocupar a quinta posição dentre os principais produtores, apenas recuperando uma posição de destaque no final do século XVIII.

Sobre o autor

Formada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas) pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com certificado DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera), outorgado pelo Instituto Cervantes. Produz conteúdo web, abrangendo diversos temas, e realiza trabalhos de tradução e versão em Português-Espanhol.