Epístola

A palavra epístola, do grego antigo significa ordem, mensagem e, pelo latim, possui significado semelhante à carta ou mensagem escrita e não assinada. Usamos esse termo para denominar os textos escritos em forma de carta, seja com objetivo ou não de ser enviada ou obter respostas. Quando reunidas, as epístolas de determinado autor, podem ser publicadas por seu interesse histórico, literário, institucional ou ainda documental. Quando isso acontece, são chamadas de Correspondências e, no decorrer da obra, apresentam comentários que esclarecem questões como a época e o ambiente em que ocorreram as situações expostas nas epístolas. Muitos autores comunicavam-se dessa forma e, por isso, essas cartas são de extrema importância para a pesquisa literária. Ligado à religião, além de sua presença na Bíblia com o título de Epístolas de São Paulo, o termo refere-se ainda aos textos lidos ou cantados em celebrações católicas.

Epístola

Foto: Repodução

Principais características

As epístolas, no entanto, diferem-se das cartas pois emitem expressões e manifestos, além de discussões de questões e interesses que vão além dos interesses pessoais. No entanto, não abandonam o estilo formal que une os amores objetivos e os apelos subjetivos aos debates de cenas abrangentes e abstratas. Apoia-se, como uma forma de simplificar, o coloquialismo como sua forma de escrita, e as epístolas sempre defendem um ponto de vista ou um manifesto, podendo ainda criar questões ideológicas.

De onde surgiu?

Até mesmo o termo vem sento usado há muito tempo, presente inclusive na Bíblia com as Epístolas de São Paulo, que eram destinadas às comunidades cristãs. Na literatura latina, encontramos essa forma de escrever nas epístolas de Horácio, Varrão, Plínio, Ovídio, Sêneca e Cícero.

Sua expansão e ampliação ocorreu, no entanto, com os Humanistas durante o Renascimento, que usaram as epístolas como uma forma de comunicar a todos os acontecimentos do mundo, muito antes do surgimento da imprensa jornalística. Dessa técnica surgiu a epistolografia, que nada mais é do que o uso da técnica para composição da introdução de obras, como uma forma de apresentar uma personagem ou ainda justificar seus escritos, eliminando sua função de correspondência. Atualmente, o gênero parece estar em constantes mudanças com a difusão dos meios eletrônicos, mas seguindo sempre outros moldes e estilos, adaptando-se.