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Esfinge

Chamamos de esfinges as imagens mitológicas que foram criadas no Egito Antigo e possuem o corpo de um leão e a cabeça de um ser humano que, normalmente é de um faraó. O nome esfinge é uma palavra derivada do grego sphingo, que significa estrangular. Alguns historiadores, estudando a respeito das esfinges, afirmam que a imagem pode ter sido importada da cultura grega. Os egípcios tinham um significado muito peculiar para as esfinges. Para os antigos, a imagem significava o poder e a sabedoria, e serviam em suas crenças como protetoras das pirâmides e dos templos. O exemplar de esfinge mais antigo encontrado – conhecido na história atual – está perto Gobekli Tepe, em Nevali Cori na Turquia, e é datada de 9.500 a.C. As esfinges seguem dois padrões essenciais, o egípcio, explicado acima, e o grego, que será explicado a seguir.

 

Esfinge grega

Esfinge grega

Foto: Reprodução

A esfinge aparece na mitologia grega como uma guardiã da entrada da cidade de Tebas, permitindo a passagem apenas daqueles viajantes que conseguirem decifrar o seu enigma. Na mitologia, no entanto, não foi especificado o enigma exato contado pela esfinge. No conto que fala da história de Édipo, no entanto, houve uma descrição do enigma: “Que criatura anda com quatro pernas pela manhã, duas pernas à tarde e três pernas ao anoitecer?”. Todos os que não soubessem responder eram devorados pela esfinge. Mas a história conta que Édipo foi capaz de responder e que a criatura, após ser derrotada, jogou-se de um precipício e morreu. Nessa cultura, aparece como um monstro alado que possui o corpo de leão, cabeça de mulher e asas.

Esfinge do planalto de Gizé

Esfinge do planalto de Gizé

Foto: Reprodução

As esfinges são retratadas na mitologia egípcia como criaturas místicas e ancestrais de proteção e, a maior e mais famosa, é a esfinge do planalto de Gizé, conhecida como Sesheps. Sua imagem está às margens do lado oeste do rio Nilo e, entre suas patas, está um pequeno templo. Estudiosos acreditam que o rosto dessa esfinge é do faraó Djedefré, datada de algum momento durante a quarta dinastia, entre 2723 a.C. a 2563 a.C.

Esfinges na decoração europeia

A esfinge teve um grande ressurgimento durante o Renascimento como um elemento da arte decorativa europeia. Essas, que seguiam o conceito egípcio, originalmente, passaram a ser incorporadas em diversas outras culturas, inclusive com interpretações equivocadas – devido aos erros de tradução dos escritos originais. Normalmente, as esfinges estão presentes e têm seu papel associado às grandes estruturas arquitetônicas como templos e tumbas reais.