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Esse animal é capaz de sobreviver sem oxigênio. Conheça-o!

Pesquisadores de uma universidade italiana levaram cerca de dez anos para conseguir provar a existência de um animal que vive em um dos ambientes mais extremos da Terra e que consegue sobreviver toda sua vida sem oxigênio.

A espécie foi encontrada no fundo do Mar Mediterrâneo e é capaz de fazer algo que nenhuma das outras milhões de espécies de animais conseguem fazer: viver para sempre sem oxigênio, pois o elemento é essencial para todos os seres vivos.

“Sabíamos que alguns animais, como nematoides parasitas, podem passar parte da vida sem oxigênio, vivendo no intestino. No entanto, eles não passam todo o seu ciclo de vida desta forma. Nossa descoberta desafiou todos os pensamentos anteriores e suposições sobre o metabolismo dos animais”,  revelou o cientista da Universidade Politécnica de Marche, Roberto Danovaro, em entrevista publicada na BBC Earth.

Esse animal é capaz de sobreviver sem oxigênio. Conheça-o!

Foto: Reprodução/BBC Earth

O minúsculo animal que está fazendo todos os pesquisadores repensarem sua compreensão da vida animal, pertence a um grupo chamado loriciferans, comunidade incomum que foi descoberta na década de 80.

Danovaro e seus colegas se arrastaram até as profundezas da bacia do L’Atalante, 3,5 km abaixo da superfície, cerca de 200 km (124 milhas) ao largo da costa ocidental de Creta. A parte de dentro da bacia é completamente isenta de oxigênio. Isso ocorre devido a antigos depósitos de sal enterrados no fundo do mar que fazem com que a água fique extramente salgada e densa.

Essa água densa não se mistura com a água normal do mar, que é rica em oxigênio. Ela acaba ficando presa no fundo do mar. E como a lama que fica na parte interna da bacia não tem oxigênio, os cientistas não esperavam encontrar nenhuma forma de vida animal, mas se surpreenderam com o resultado e precisaram lutar por anos para provarem a descoberta.

Levamos 10 anos para confirmar através de experiências que os animais estavam realmente vivendo sem oxigênio. Quando os vimos pela primeira vez, não conseguimos acreditar. Antes deste estudo, apenas dois espécimes de loriciferahaviam sido encontrados no Mediterrâneo profundo. Havia mais organismos em 10 centímetros quadrados de bacia anóxica do que no resto do Mar Mediterrâneo juntos”, revela Danovaro.

Sobre o autor

Formada em Jornalismo pela Unicap, pós-graduada em Comunicação Empresarial e Mídias Digitais pela Devry, fez intercâmbio na ETC School (em Bournemouth (UK)), professora de inglês e tem experiência nas áreas de assessoria de comunicação, produção de vídeo e foto e redação.