Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica é também chamada de Floresta Pluvial Equatorial, sendo a maior floresta tropical de todo o mundo, totalizando uma porcentagem de 40% dentre as florestas tropicais existentes no planeta Terra. A Floresta Amazônica não é exclusivamente brasileira, embora a maior parte de sua extensão esteja situada na região Norte do Brasil. No entanto, ela se estende ainda pelos territórios do Peru, da Colômbia, da Venezuela, da Bolívia, da Guiana, do Suriname e da Guiana Francesa.

A Floresta Amazônica está localizada em região próxima da Linha do Equador, ou seja, na região equatorial. Assim, o clima predominante neste é o Clima Equatorial. São características deste tipo climático as elevadas temperaturas (por conta da alta incidência dos raios solares) e os altos índices pluviométricos (chuvas).

Na região equatorial os índices de chuvas são elevados durante todo ano, por conta da evapotranspiração diante da densidade das florestas que se desenvolvem nestas regiões. Assim, as plantas perdem umidade por causa do calor, essa umidade retorna para a atmosfera, onde se condensa formando nuvens e, consequentemente, precipitação. A amplitude térmica anual é baixa nas regiões equatoriais, mantendo-se elevadas temperaturas durante todo o ano.

A Floresta Amazônica é a maior floresta tropical de todo o mundo

A Floresta Amazônica não é exclusivamente brasileira (Foto: depositphotos)

Características da Floresta Amazônica

A Floresta Amazônica é uma floresta densa, na qual se desenvolvem vários tipos de plantas, as quais são divididas em três grandes agrupamentos, ou estratos. O primeiro estrato da Floresta Amazônica é o igapó, também chamado de caaigapó, o qual se desenvolve em áreas permanentemente alagadas, nos trechos dos rios.

Essa vegetação é formada por plantas de pequeno porte, as quais são adaptadas aos elevados níveis de umidade, como as vitórias-régias. O segundo estrato da Floresta Amazônica é a várzea, formada por vegetação que se desenvolve em áreas que estão sujeitas a inundações periodicamente, geralmente no contexto das cheias dos rios.

A Floresta Amazônica contempla outros países além do Brasil, como: Peru, Colômbia, Guianas e outros (Imagem: Reprodução/USP)

São plantas de médio porte, cujas árvores podem alcançar alturas de até 20 metros. São comuns neste estrato árvores como a seringueira, que foi por muito tempo explorada para comercialização da borracha, e ainda o pau-mulato. Há ainda, na Floresta Amazônica, um terceiro estrato, chamado de terra firme, o qual está localizado em áreas nas quais não há alagamentos.

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Neste estrato existem vegetações de grande porte, com árvores que podem chegar aos 60 metros de altura. São comuns as castanheiras e os cedros, madeiras bastante exploradas pela atividade madeireira em vários contextos.

Flora

Por conta das árvores de grande porte que se desenvolvem na Floresta Amazônica, formando uma espécie de dossel (união das copas), não se desenvolvem com expressividade vegetações rasteiras nos solos da floresta. Isso ocorre porque as copas das árvores não deixam a luz solar chegar ao solo, tornando este um ambiente escuro e úmido.

A Floresta Amazônica é um ambiente de enorme biodiversidade, onde mais de um terço das espécies existentes no mundo vivem e se reproduzem, tamanha a importância deste ambiente para manutenção dos ecossistemas. A Floresta Amazônica possui uma dinâmica própria, sobrevivendo de seu próprio material orgânico, o qual é produzido em grandes quantidades pela umidade deste ambiente.

Fauna

A fauna da Floresta Amazônica é extremamente rica em espécies, as quais vão desde insetos que estão presentes em todos os estratos da floresta, até animais que rastejam, anfíbios e escaladores. São comuns animais como os beija-flores, os papagaios e araras, os periquitos, esquilos, vários tipos de macacos, tucanos, várias espécies de cobras, morcegos e roedores. Se desenvolvem, portanto, na Floresta Amazônica, uma imensidão de tipos de animais, os quais formam um ecossistema dinâmico e autossustentável.

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Problemas ambientais na Floresta Amazônica

Existem vários problemas ambientais relacionados ao contexto da Floresta Amazônica, sendo um dos mais relevantes a extinção de espécies de animais e plantas, o que ocorre principalmente pelo contrabando e extração inadequada das espécies animais e vegetais do meio.

Algumas das espécies que se encontram em risco de extinção são: Arara vermelha, Ararinha Azul, Ariranha, Boto Cachimbo, Cachorro do Mato, Cobra-dormideira-queimada-grande, Doninha Amazônica, Guariba-de-mão-ruiva, Jaguatirica, Jararaca, Lobo-Guará, Macaco-aranha, Macaco-prego, Mico Leão Dourado, Morcego, Onça parda, Onça Pintada, Peixe boi da Amazônia, Pica pau cara amarela, Rato do cacau, Tamanduá Bandeira, Tatu e Tucano de bico preto (Fonte: https://animaisemextincao.com/animais-extintos-e-em-extincao-na-amazonia.html).

Prevenção do desmatamento

A Floresta Amazônica sofreu muitos processos de devastação das áreas de sua abrangência, por isso, o Ministério do Meio Ambiente possui projetos específicos de controle e prevenção do desmatamento, o qual é uma das principais causas da redução das áreas da floresta, sendo que em 2004 foi lançado o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal.

Ainda assim, são registrados novos casos de desmatamento constantemente, principalmente em áreas onde o monitoramento é mais difícil, nas regiões do interior da floresta. Além da perda da biodiversidade, as populações tradicionais também sofrem com o desmatamento, perdendo os territórios nos quais constituíram historicamente suas vivências.

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Garimpos

A Floresta Amazônica sofreu em vários momentos da história do Brasil, quando da busca por minérios, no contexto da exploração por parte dos seringueiros, nos momentos em que os garimpos estavam em destaque e intensamente também com a expansão dos latifúndios no território brasileiro.

A inadequada distribuição de terras no Brasil é uma das circunstâncias causadoras da expansão de atividades como agricultura e pecuária nas áreas da Floresta Amazônica, assim como em outros biomas do Brasil, como os Cerrados, os quais também têm sido amplamente devastados.

A biopirataria também é outro importante problema ambiental que envolve as áreas da Floresta Amazônica, embora não seja tão perceptível quanto o desmatamento.

Como a Floresta Amazônica é um ambiente com índices elevados de biodiversidade, é também ambiente no qual estão contidos elementos essenciais para a indústria farmacêutica, por exemplo. No entanto, a retirada destes elementos, sejam eles de origem animal ou vegetal, sem um adequado manejo e seu autorização, comprometem o equilíbrio existente no âmbito da floresta. Pesquisadores envolvidos com empresas estrangeiras se infiltram na floresta tendo em vista a exploração, manipulação e comercialização internacional de produtos advindos daquele ambiente, gerando profundos danos no ecossistema.

 

Referências

» BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Amazônia. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/biomas/amaz%C3%B4nia>. Acesso em 14 ago. 2017.

» MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio de. Geografia. São Paulo: Scipione, 2011.

» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.

Sobre o autor

Mestre em Geografia e Graduada em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Especialista em Neuropedagogia pela Faculdade Alfa de Umuarama (FAU) e em Educação Profissional e Tecnológica (São Braz).