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Império Carolíngio

O Império Carolíngio, também conhecido como o Império de Carlos Magno, foi o império estabelecido pela dinastia carolíngia, sob o reinado do Imperador Carlos Magno (742 – 814). Este estado medieval ocupava a região central da Europa. Carlos Magno expandiu o império além dos limites conquistados por seu pai Pepino, o Breve, graças a uma política voltada para o expansionismo. O imperador dominou territórios situados na península itálica e entrou em combate com os muçulmanos, conquistou a Saxônia, Lombardia, Baviera e uma faixa do território da atual Espanha.

Império Carolíngio

Foto: Reprodução

A partir da desagregação do Império Romano e a organização da sociedade feudal, muitos reinos se formaram, dentre os quais o Reino Franco, o mais duradouro deles, formado na Gália (atual França). Neste território, a dinastia carolíngia sucedeu à dinastia merovíngia em 751, sendo fundada por Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Em 768, a dinastia carolíngia foi entregue a Carlos Magno, o responsável pelo momento de maior esplendor da dominação dos francos na Europa medieval.

Após a morte de Carlos Magno, em 814, seu filho Luís, o Piedoso governou até 840. Luís, o Piedoso foi muito influenciado pela Igreja e realizou um governo fraco. O Império Carolíngio perdeu força e as terras do império, após a morte de Luís, foram repartidas entre seus filhos, em 843, através do Tratado de Verdun.

Características gerais

Educação, administração e arte carolíngias

Além das conquistas territoriais alcançadas no Império Carolíngio, outras áreas tais como a cultural, educacional e administrativa avançaram muito. Manteve-se a preservação da cultura greco-romana e investiram em escolas e no desenvolvimento das artes, além da criação de um novo sistema monetário. Este período ficou conhecido como o Renascimento Carolíngio.

A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) foi o principal objetivo da reforma educacional do império de Carlos Magno. As escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas), onde eram ensinadas as sete artes liberais, a saber: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.

Para melhor administrar o vasto território, as regiões do Império de Carlos Magno foram divididas em condados, que eram administrados pelos condes. O monarca realizou doações de terras a todos os nobres que o auxiliavam durante as batalhas. O desempenho dos condes era fiscalizado pelos funcionários que ocupavam o cargo de missi dominici (“enviados do senhor”), que eram os enviados do imperador para fiscalizar os territórios, cabendo a eles verificar e avisar acerca da cobrança dos impostos, aplicação das leis etc.

A arte carolíngia foi muito influenciada pelas culturas grega, romana e bizantina, destacando-se a construção de palácios e igrejas, além das iluminuras (pequenos livros com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas).

Principais conquistas de Carlos Magno

As principais regiões conquistadas pelo imperador Carlos Magno são:

  • Germânia em 772;
  • Pavia em 774;
  • Anexação do Ducado de Friuli (Itália);
  • Ilhas Baleares em 779;
  • Ducado de Spoleto (Itália) em 780;
  • Tomada da cidade de Barcelona em 801.

Sobre o autor

Formada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas) pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com certificado DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera), outorgado pelo Instituto Cervantes. Produz conteúdo web, abrangendo diversos temas, e realiza trabalhos de tradução e versão em Português-Espanhol.