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Intentona Comunista

Também conhecida como Revolta Vermelha de 35 ou ainda Levante Comunista, a Intentona Comunista foi uma tentativa de golpe realizada contra o Governo de Getúlio Vargas e organizada pelo Partido Comunista Brasileiro em nome da Aliança Nacional Libertadora.

A ação aconteceu em novembro de 1935, mas rapidamente foi combatida e contida pelas Forças de Segurança Nacional. O movimento, no entanto, acabou ganhando adeptos inclusive dentro dos batalhões. Isso se deu por parte dos militares que eram de patentes mais baixas e tinham ideais comunistas, que iniciaram uma rebelião durante a noite do dia 23 de novembro do mesmo ano em Natal e Rio Grande do Norte, além de se estender para o Maranhão, Recife e Rio de Janeiro.

O planejamento da ação das rebeliões se deu depois do decreto de Vargas recebendo, inclusive, apoio financeiro e de pessoas e armamentos da Rússia. Planejada dentro dos quartéis, a ação teve apoio dos simpatizantes da ANL que buscava apoio popular às revoltas.

Intentona Comunista

Foto: Reprodução

Objetivos

O principal objetivo da Intentona Comunista foi derrubar o presidente e tomar o poder.

As falhas do plano

A organização foi o ponto fraco da Intentona Comunista. Ao invés de organizarem-se para realizar as revoltas todas em um mesmo momento, estas foram acontecendo em datas diferentes. Isso fez com que o governo pudesse dominar a situação e acabar com a força do movimento.

Tendo derrotado às ações destes simpatizantes, Vargas decretou uma grande repressão àqueles que se envolveram nas revoltas, além de estado de Sítio. Getúlio Vargas aproveitou desse momento para preparar um golpe de estado, prendendo Luís Carlos Prestes e outros líderes sindicais, intelectuais e militares.

O que é a Aliança Nacional Libertadora?

No período pós Primeira Guerra Mundial, duas vertentes políticas disputavam espaço no mundo, influenciados pela estrutura política europeia, e isso não foi diferente no Brasil. O comunismo e o fascismo surgiram como dois movimentos políticos no país e no ano de 1932 surgiu, com a liderança de Plínio Salgado, a Ação Integralista Nacional, que era de extrema direita e tinha características comunistas no combate ao comunismo.

Da mesma forma surgiu o Partido Comunista do Brasil (PCB), que deu suporte à fundação da ANL. Esta, criada no ano de 1935, defendia ideais comunistas e iam além do PCB, defendendo inclusive o não pagamento da dívida externa, nacionalização de empresas estrangeiras, combate ao fascismo e reforma agrária.

O movimento foi decretado ilegal por Getúlio Vargas, além dos líderes serem perseguidos, depois do dia 5 de julho de 1935, quando Luís Carlos Prestes lançou o seu apoio à ANL incentivando, inclusive, uma revolução contra o governo de Vargas.