O que é a interação medicamentosa e suas consequências para a saúde

Administrar o uso de um medicamento, levando em consideração a reação que ele pode trazer para o organismo pode ser sinônimo de problema para algumas pessoas. Por isso é bom levar esses fatores em consideração, já que à combinação de outras substâncias, sobretudo quando o tratamento inclui mais de um medicamento, pode também interferir na resposta dada pelo corpo.

Nesse sentido, essa preocupação recebe o nome de interação medicamentosa. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a interação medicamentosa é definida como uma resposta farmacológica ou clínica à administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes administrados individualmente.

Além da interação entre as substâncias, o paciente também deve se preocupar com alguns tipos de medicamentos, já que, também podem provocar reações no organismo se combinado com essas drogas.

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Foto: depositphotos

As interações medicamentosas podem ocorrer entre medicamentos sintéticos, fitoterápicos, chás e ervas medicinais. Sendo assim, isso pode trazer algumas consequências para o paciente.

Efeitos da interação medicamentosa

Em suma, o resultado da interação entre as substâncias podem apresentar de duas formas: benéficas e maléficas. Geralmente quando elas apresentam os efeitos benéficos é sinal de que o tratamento está seguindo a linha planejada pelo médico. Em alguns casos, por exemplo, o efeito só decorre como o planejado se dois ou mais medicamentos forem usados paralelamente.

Os principais efeitos provocados por ela são a otimização do efeito terapêutico do medicamento ou a anulação de suas reações adversas. Já quando os efeitos da interação ocorrem de forma avessa ao esperado pelo médico, é sinal de que o corpo não reagiu bem ao tratamento. Isso pode acarretar em uma série de problemas de saúde. Esse tipo de interação geralmente é provocado por um erro de prescrição ou por automedicação.

Os principais efeitos dessas interações podem ser identificados através de intoxicações, anulação do efeito terapêutico, não tratamento da doença ou de seus sintomas e exacerbação de reações adversas. Como cada organismo reage de uma forma diferente, o impacto desses efeitos podem ser variados, indo dos mais leves aos mais graves, o que pode acarretar em internação hospitalar.

Interações mais comuns

Existem algumas interações medicamentosas que são comuns entre usuários de medicamentos, por isso é importante que o paciente esteja sempre acompanhado pelo médico, já que, só ele, pode interpretar esses resultados em favor da saúde do próprio paciente. A seguir, você vai conhecer alguns exemplos de interação medicamentosa.

Interação medicamento-medicamento

Para exemplificar esse tipo de interação, basta prestar atenção na reação entre antiácidos e anti-inflamatórios. Os medicamentos antiácidos podem diminuir a absorção dos anti-inflamatórios, reduzindo o efeito terapêutico que ele pode apresentar. É importante que, ao iniciar um tratamento com anti-inflamatórios o paciente informe ao médico todos os medicamentos que utiliza, inclusive os antiácidos.

Interação medicamento-alimento

Os alimentos lácteos podem reduzir o efeito terapêutico das tetraciclinas. Por isso é indicado que eles sejam consumidos com, no mínimo, uma hora de antecedência ao uso do medicamento.

Interação medicamento-bebida alcoólica

A ingestão de bebida alcoólica pode aumentar a toxicidade hepática do paracetamol, provocando problemas no fígado do paciente. Nesses casos, o consumo de álcool durante os tratamentos com essa substância é terminantemente proibido.

Sobre o autor

Formado em Jornalismo pela UniFavip | Wyden. Já trabalhou como repórter e editor de conteúdo em um site de notícias de Caruaru e em três revistas da região. No Jornal Extra de Pernambuco e Vanguarda de Caruaru exerceu a função de repórter nas editorias de Economia, Cidades, Cultura, Regional e Política. Hoje é assessor de imprensa do Shopping Difusora de Caruaru-PE, Seja Digital (entidade responsável pelo desligamento do sinal analógico no Brasil), editor da revista Total (com circulação em Pernambuco) e redator web do Estudo Prático.