OPINIÃO: A educação de hoje está adaptada ao novo mundo?

*Por ROGÉRIO GABRIEL

A Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), realizada pelo Ministério da Educação (MEC) no ano passado mostrou que, no Brasil, uma em cada cinco crianças de oito anos ainda não sabe ler. O teste também constatou que, quando é preciso escrever, uma em cada três crianças produz frases ilegíveis, além de trocar as letras de lugar. Esses dados apontam para um cenário preocupante na educação brasileira, que não tem atualizado a qualidade do ensino oferecido.

Ver resultados tão negativos vindos daqueles que são o futuro do Brasil é extremamente preocupante e me faz questionar a metodologia de ensino aplicada. Será que as escolas acompanharam as mudanças sociais ocasionadas pelo advento de novas tecnologias, ou ficaram paradas no tempo sem fazer questão de inovar? Talvez, com ferramentas mais adequadas ao mundo em que estão inseridas, as crianças possam aprender mais e ter melhores condições de buscar um futuro melhor.

As novas gerações como Alpha e Z são formadas por estudantes que buscam um plus no formato tradicional da educação. São alunos que querem sair da escola preparados para a vida, tanto no universo corporativo quanto nas relações interpessoais e não apenas orientados para ter sucesso em uma prova ou exame no final do ano.

OPINIÃO: A educação de hoje está adaptada ao novo mundo?

Foto: Pixabay

É cada vez mais comum vermos crianças utilizando celulares, tablets e iPads. É nítido que este universo virtual as fascina e que elas dominam com facilidade a linguagem das ferramentas digitais. Portanto, diante de um mundo globalizado e cada vez mais informatizado, integrar tecnologia a um projeto pedagógico é condição essencial para atrair o aprendiz e possibilitar um aprendizado mais eficaz.

Acredito que a inovação tecnológica, até mesmo os games, que, por vezes são criticados pelos pais, podem ajudar os jovens a desenvolverem habilidades e melhorar seus desempenhos acadêmicos. Temos conseguido resultados muito satisfatórios por meio de nossas marcas de ensino, nas quais  utilizamos o método de ensino híbrido, que une recursos digitais à presença do docente em sala de aula. Além disso, é confirmado que esta técnica aumenta em até 50% nas disciplinas de português e matemática, matérias fundamentais no desenvolvimento escolar.

Também é importante ressaltar que os novos instrumentos digitas não servem apenas para tornar uma aula mais interativa, e sim oferecer ao aluno uma autonomia efetiva na produção e até mesmo na assimilação do conteúdo. Além disso, esse novo universo conspira no desenvolvimento  humano como um todo, seja no âmbito profissional e social. Por isso, finalizo este artigo propondo aos empresários do setor educacional que utilizem as ferramentas das quais dispomos hoje em dia para conquistarmos um cenário mais promissor aos jovens brasileiros.

*ROGÉRIO GABRIEL é graduado em ciência da matemática e computação, além de fundador e presidente do Grupo Prepara.

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