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Revolução científica

Chamamos de revolução científica o período entre os anos de 1550 e 1770, aproximadamente. Este período foi marcado por mudanças na forma do pensamento e da fé aceitos na Europa. A ciência, até essa época, estava interligada com a filosofia separou-se para tornar-se um conhecimento mais prático, estruturado e fundamentado.

Revolução científica

Foto: Reprodução

Como aconteceu?

Seu início, pode-se dizer, se deu com a proposta do modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico, ou seja, com a proposta de que a Terra não está no centro do universo, e se que ela se move. O pensamento da população a respeito da composição da matéria baseava-se somente na terra, no fogo, no ar e na água, mas algum tempo depois, tudo passou a ser diferente: sabia-se da existência das pequenas partículas e de seu papel na formação das coisas. Com o início dessa revolução, passou-se a ir contra muitos pensamentos da igreja e novos estudos foram realizados para que essa visão de Copérnico fosse aceita. Surgiram então novas propostas de Galileu Galilei, René Descartes, Christiaan Huygens e Isaac Newton.

O termo Revolução Científica, no entanto, somente passou a ser usado a partir de 1939, quando Alexandre Koyré, historiador francês, começou a usar o termo para designar o período de mudanças intelectuais radicais.

Motivos

Entre as principais causas, podemos citar o renascimento cultural, a imprensa, a reforma protestante e o hermetismo que nada mais é que o estudo e a prática da filosofia oculta e da magia.

Com o surgimento do renascimento, vieram correntes de pensamento que pregavam o uso do senso crítico mais aprofundado, assim como uma atenção maior às necessidades humanas. Com esse senso crítico, o homem passou a ver mais os fenômenos naturais ao invés de levar tudo pelo que a Igreja Católica dizia.

Os avanços

Entre muitas mudanças que essa revolução trouxe para a ciência, está a percepção de que quando estudamos a natureza da Terra, também estamos conhecendo como ela é no Universo. A observação das manchas solares feita por Galileu em torno do ano de 1610 foi o que mais determinou a mudança de pensamento quanto ao movimento da Lua em torno da Terra, assim como dos planetas ao redor do Sol.

Ele descobriu que as manchas não pareciam estar estacionadas, movendo-se pelo disco solar com aparência irregular variando, diariamente, na opacidade e em número. Passou ainda a lançar-se contra tudo que se acreditava até então, contra a crença tradicional e argumentando sobre a doutrina ortodoxa, afirmando que esta deveria também ser testada por meio de observações confiáveis e deduções matemáticas.

Além disso, a ciência passou a ser mais aceita e ganhou muitas outras ferramentas, ganhando espaço e removendo as influências místicas da Idade Média nos pensamentos. A imprensa foi inventada por Johannes Gutenberg e, com isso, as releituras foram eliminadas, mantendo cópias dos originais a todos que a quisessem, sem interpretações equivocadas.

A matemática descreveu verdades, a física explicou os fenômenos da natureza que antes eram explicados como fenômenos divinos pela igreja, e provou-se que a Terra é que se movia em torno do Sol.