A língua portuguesa apresenta algumas palavras e expressões muito parecidas, o que pode acabar confundindo a cabeça dos falantes do idioma. Um exemplo é o caso de “senão” e “se não”.
Afinal de contas, quando usar cada um deles? Eles não possuem o mesmo significado e, por isso, devem ser empregados em momentos distintos. Saiba mais neste artigo.
O uso de “senão”
“Senão” é usado quando a palavra assume as seguintes funções:
1) Conjunção alternativa, podendo ser substituída por “caso contrário”;
2) Conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por “mas”;
3) Substantivo masculino, com o significado de “falha” ou “defeito”;
4) Preposição, podendo ser substituído por “com exceção de” ou “exceto”.
Confira alguns exemplos a seguir:
-Vai estudar, senão ficará de castigo!
-Não lhe resta outra coisa senão chorar.
-Fale alto, senão ninguém vai ouvir.
-Não o fez José, senão Miguel.
-Não há beleza sem senão.
O uso de “se não”
“Se não” (união da conjunção “se” + advérbio “não”) apenas deve ser empregado quando o “se” é uma conjunção condicional que pode ser substituída por “caso” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta.
Observe atentamente os exemplos a seguir:
-Se não chegar a tempo, perderá o ônibus.
-Perguntei a ele se não queria ir ao cinema comigo.
-Se não chover, irei ao show com meus amigos.