Túmulo onde foi enterrado Jesus Cristo é aberto após séculos

Após quase cinco séculos, o túmulo no qual o corpo de Jesus Cristo foi colocado após a crucificação, segundo a tradição cristã, foi aberto. Os pesquisadores da Universidade Técnica Nacional de Atenas conseguiram uma liberação de 60 horas para explorar a tumba onde Jesus foi enterrado, na Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.

Cientistas querem analisar a superfície original da rocha

Como parte de um amplo projeto de restauração, uma equipe de cientistas levantou uma placa de mármore da mais interna câmara da Igreja do Santo Sepulcro, na Cidade Velha de Jerusalém. Trata-se de um dos locais mais sagrados do Cristianismo.

O objetivo inicial é realizar a análise da superfície original da rocha que, segundo a tradição cristã, foi onde o corpo de Jesus Cristo foi sepultado, por volta dos anos 30 ou 33 d.C.

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Foto: reprodução/Dobrar Froteiras

De acordo com pesquisas anteriores, a tumba estava selada desde 1555, e se transformou em uma igreja, que também passa por um processo de restauração. Segundo informações da revista “National Geographic”, a operação para remover a placa de mármore faz parte de uma força-tarefa para alcançar a superfície original de pedra onde o corpo de Jesus Cristo teria sido deixado.

Descoberta surpreendente

A caverna original foi identificada séculos após a morte de Jesus como o seu túmulo, e muitos historiadores acreditavam que ela teria sido destruída com o passar do tempo. No entanto, de acordo com análises feitas com ajuda de radares, a estrutura, que apresenta cerca de dois metros de altura, resistiu a dois milênios e ainda está de pé.

O arqueólogo Fredrik Hiebert, da “National Geographic”, afirmou que o que foi encontrado é surpreendente. Os pesquisadores ficaram surpresos quando moveram o revestimento de mármore que cobria o túmulo, devido à quantidade de material de preenchimento que ali se encontrava. Além disso, descobriram outra placa de mármore, cinza e com a gravura de uma pequena cruz, provavelmente do século XII. A peça está rachada ao meio e apresenta uma camada esbranquiçada embaixo.

Hiebert afirma que não acredita que seja a rocha original, e que os cientistas ainda têm mais trabalho a fazer.

As restaurações estão sendo realizadas na pequena estrutura localizada no centro da Basílica do Santo Sepulcro, conhecida como Edícula da Tumba, reformada pela última vez em 1810. A análise científica será longa, mas, com ela será possível ser a superfície de pedra original onde, segundo a tradição cristã, o corpo de Jesus Cristo foi colocado.

Sobre o autor

Formada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas) pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com certificado DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera), outorgado pelo Instituto Cervantes. Produz conteúdo web, abrangendo diversos temas, e realiza trabalhos de tradução e versão em Português-Espanhol.