Václav Havel: presidente da República Tcheca

A história do intelectual Václav Havel combina uma política democrática a uma carreira literária e um ativismo engajado. Nascido em 1936, em Praga, cidade que fazia parte da antiga Tchecoslováquia, foi presidente do seu próprio país. Após a independência da Eslováquia, comandou a República Tcheca por mais dois mandatos. O caráter pacífico era a maior característica de todos os conflitos encabeçados por esse líder político.

Carreira de Václav Havel

Havel sempre foi um divergente do regime comunista que governava a Tchecoslováquia, possuía uma afinidade maior com o regime democrático. Tendo em vista essas diretrizes políticas, Václav estudou teatro na Academia de Belas-Artes de Praga, entre os anos de 1963 a 1967. Em toda a sua vida se dedicou a escrever várias dramaturgias, como “A festa no jardim” (1963), “Comunicado” (1965), “Audiência” (1975), “Protesto” (1979) e muitas outras que tinham como ponto principal criticar o absurdo da sociedade daquela época.

Como presidente do Clube de Escritores Independentes, apoiou a Primavera de Praga, no período de 5 de janeiro a 21 de agosto de 1968. O movimento encabeçado pelo governo de Alexander Dubcec, apoiado pela população, tentou promover reformas de liberalização políticas na Tchecoslováquia. Nesse momento, as mudanças não foram aceitas e rendeu a Havel posterior proibição de publicar suas obras.

Václav Havel: presidente da República Tcheca

Foto: Reprodução/ internet

Mais tarde, foi porta-voz dos movimentos de defesa dos direitos humanos Carta 77 e Vons, um comitê para defesa dos injustamente perseguidos, em que acabou sendo preso. Foi então transformado em um símbolo da luta pelas liberdades, mas acabou passando cinco anos na cadeia. Alguns anos após sair da prisão, Václav colaborou com a fundação do Fórum Cívico (1989), grupo formado pela maior parte da oposição da Tchecoslováquia.

Ainda no mesmo ano, comandou a Revolução de Veludo, movimento que contou com o apoio popular e conseguiu derrubar o regime existente, sem produzir derramamento de sangue. A ideia de democracia surgiu e foi colocada em prática, e o próprio Havel foi eleito presidente.

Tchecoslováquia: do regime comunista ao democrático

O líder político, durante seu mandato, defendeu uma política europeísta e democrática. As mudanças propostas por Václav de cunho liberalizantes, somadas ao desmantelamento da economia comunista, resultaram em um enorme custo social, especialmente para a atrasada Eslováquia. Isso acabou exacerbando o nacionalismo eslovaco e provocando a ruptura do país, que também ocorreu de forma pacífica.

Em 1922, não existia mais a Tchecoslováquia, mas sim a Eslováquia e a Tcheca. Por não concordar com a separação, Havel renunciou a presidência, pois não queria compactuar com essa secessão do país em dois. Entretanto, uma vez constituída a República Tcheca, Václav foi eleito presidente pelo Parlamento, em 1993. Teve o mandato renovado em 1998 e se manteve no cargo até o final do seu segundo mandato, em 2003, apesar dos problemas de saúde. Em 2011, o mesmo faleceu.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.