Anote informações relevantes sobre sua infância, avós, pais, tios e toda a família. Pense nas datas e eventos mais importantes da sua vida. Relembre também a sua adolescência, ensino médio, faculdade, pessoas e acontecimentos marcantes.
Ainda que você não utilize todos esses fatos na sua biografia é importante parar, pensar e escrever cada um deles para depois “passar um pente fino” e ver o que pode ser aproveitado dali.
Assim como você fez com a linha do tempo da sua vida, pense nos personagens. Toda boa história tem sempre boas pessoas envolvidas.
Professores, chefes, amigos, ex-namorados, vizinhos, parentes, inimigos e até bichos de estimação. Mais uma vez, ainda que você não vá utilizar todos eles em seu texto, pense e anote cada um para depois analisar o que será relevante.
Agora chegou a hora de observar o que você conseguiu apurar sobre sua própria vida e analisar quais são as histórias e pessoas mais relevantes e interessantes para à sua autobiografia. Alguns tópicos são sempre muito cativantes para se abordar, como a infância, adolescência, paixões (ou a falta deles), frustrações, crises e grandes conflitos, como a luta contra algum vício.
Todo leitor de autobiografia lê a história com a “voz do escritor”. Nada melhor do que ser você mesmo e buscar escrever da maneira mais fiel ao seu estilo. Tente sair um pouco da formalidade de um livro acadêmico e seja mais original, autêntico e, principalmente, você mesmo ao narrar seus fatos.
Você deve escrever o texto sendo você mesmo, como já mencionado. Mas busque sair um pouco da alma de autor autobiográfico e tente ir para à cabeça de um leitor. Imagine que você é um completo desconhecido para ele.
Quais as informações ele iria querer saber sobre o autor? O que seria irrelevante? Analisar desse ponto de vista pode te ajudar a perceber detalhes que escaparam de uma primeira observação.
Não deixe seu texto virar uma listinha sobre realizações; revele coisas inusitadas em sua autobiografia. Fale sobre pensamentos, erros, acertos, defeitos, decepções, qualidades, aquelas coisas que “só acontecem com você”, etc. Permita que o leitor se identifique com você.