A pequena imperfeição do diamante era feita principalmente de uma mistura de ferro e óxido de magnésio, conhecida como ferropericlase. Ela é capaz de absorver matérias como titânio e alumínio em ambientes pressurizados e quentes, assim como o manto inferior do nosso planeta.
Quando o diamante fez o seu caminho para a superfície, esses materiais acabaram se separando dentro dele. Então, eles conseguiram calcular a profundidade em que o objeto formou-se. Os cientistas chegaram a conclusão de que seria aproximadamente cerca de 1.000 km (620 milhas) de profundidade, sugerindo que há uma fonte de água a essa fundura.
Em uma entrevista a revista científica New Scientist, Jacobsen revelou que essa seria a evidência mais profunda para a reciclagem da água no planeta. “A grande mensagem é que o ciclo da água na Terra é maior do que jamais imaginávamos, estendendo-se para o manto profundo”, contou.
O cientista alega que é pouco provável que a água esteja em forma de um espaçoso oceano subterrâneo, mas sim, algo mais parecido com o que Jacobsen chamou de “leite em um bolo”, ou seja, a água é cozida na rocha.