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A crítica literária de Harold Bloom

No dia 11 de julho de 1930, nasceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, Harold Bloom, que viria ser um dos intelectuais mais atuantes no que se refere às críticas literárias. Apaixonado pelas obras de William Shakespeare, também tinha uma grande admiração por autores do romantismo vigente do século XIX. Sendo totalmente contra o estilo “a arte pela arte”, o também professor norte-americano teceu teses polêmicas sobre determinadas obras.

Em contraposição a seus diversos trabalhos e críticas bem elaboradas, tinha fama de “mente fechada” para o novo. Alguns estudiosos afirmam que o mesmo não é à favor das ideias fantasiosas, criativas e fantásticas.

Principais críticas de Bloom

O crítico estadunidense acredita que na arte, principalmente na literatura, nada se cria. Para ele, os autores viviam na ânsia de escrever obras inéditas e depositavam muita importância nesse aspecto, esquecendo-se de outros pontos para se elaborar um bom livro. Bloom deixa essa ideologia registrada no livro A Angústia da Influência, de 1973.

Harold acredita que por mais inovadora que a obra aparenta ser, sempre haverá uma influência de autores do passado, que, por sua vez, também já foram influenciados por outros artistas em algum momento da carreira. Inclusive, isso é uma característica das próprias escolas literárias, que surgiam para romper com os ideais da anterior, mas que bebia da fonte das mais antigas.

A crítica literária de Harold Bloom

Foto: Reprodução/ internet

Em uma entrevista de Bloom, concedida à Revista Época, as obras para serem consideradas boas elas “deviam ser esteticamente excelentes, possuir força intelectual e conter lições essenciais. Precisavam suprir as necessidades que as pessoas têm de conhecer, de sentir enlevo e chegar a alguma conclusão verdadeira”, destacou o crítico.

Harold Bloom e o Cânone Ocidental

Em 1994, Harold escreveu um livro baseado em uma critério criado por ele próprio, o Cânone. Esse fundamento diferenciava os autores e suas obras em importantes, devido somente a época, e essenciais, em razão das suas contribuições literárias serem intensas independente do período. Surgiu então o livro Cânone Ocidental, que servia de instrumento de medida da cultura literária difundida e consumida no Ocidente.

Anos depois, o autor publica Gênio: um Mosaico de Cem Mentes Criativas Exemplares (2003). Nessa obra, ele pode abordar a genialidade de autores em todo mundo. Para Bloom, no centro dessas duas obras está Shakespeare. Para o bardo, Harold produziu dois ensaios, Shakespeare – A Invenção do Humano e Hamlet – Poema Ilimitado.

Admirador da literatura brasileira, Bloom tem um apreço, em especial, às obras de Machado de Assis.

Obras de Bloom

Entre os 31 livros publicados, destacam-se: