Já a identidade de gênero faz menção ao modo como alguém se identifica, se apresenta. Não só a si mesmo como para a sociedade. Nesse sentido o indivíduo pode se apresentar como um homem ou mulher ou ambos, sem levar em consideração a sua biologia ou orientação sexual. Esse último é um fator muito relevante, pois se uma pessoa se identifica como do gênero masculino, sendo uma mulher, não quer dizer que a orientação dela será homossexual.
A partir desse conceito, surge a orientação sexual. Essa refere-se ao sexo das pessoas pelas quais sentimos atração física, desejo e afeto. A partir disso surgem três orientações, segundo a professora Cláudia Bonfim: a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade.
A heterossexualidade é quando há atração sexual ou romântica entre pessoas de sexos opostos.
Já a homossexualidade é quando o indivíduo sente atração física, emocional e espiritual por outros do mesmo sexo.
Já a bissexualidade envolve os dois tipos de atração citadas anteriormente, ou seja, é possível se relacionar tanto com homens como com mulheres.
Segundo a especialista Bonfim, a “sexualidade não se reduz a instintos, impulsos, genes, hormônios, genitálias, ato sexual, nem se resume somente à subjetividade ou às possibilidades corporais de vivenciar prazer e afeto. A forma como vivemos e entendemos nossa sexualidade é construída historicamente, através de um processo contínuo, através do qual construímos nossa identidade pessoal e sexual, que emerge nos desdobramentos históricos e culturais”.
A professora completa ainda que “o fato de nascermos com um determinado sexo biológico, não é suficiente para determinar a maneira como iremos sentir, expressar e viver nossa sexualidade, ou construir nossa identidade de gênero, nossa orientação sexual não pode ser determinada pela visão hegemônica de heterossexualidade como único padrão”.