Considera-se que o alfabeto siddham foi introduzido no Japão em torno de 806, pelo monge japonês Kukai, que se tornou conhecido graças às suas habilidades como calígrafo e por ser o fundador do budismo Shingon. A Kukai também é creditada a invenção da escrita Kana, ou katakana hiragana, que atualmente funciona como um suporte aos caracteres chineses no Japão.
O monge japonês viajou por toda a China e, quando chegou à região entre o Tibete, China e Índia, Kukai entrou em contato com a escrita siddham. Ao ser levado para o Japão, o sistema se desenvolveu como escrita religiosa budista, mas deixou de ser largamente utilizada algum tempo depois, inclusive na Índia. No Japão, a escrita saddham ainda sobrevive em alguns ambientes budistas para a escrita de textos religiosos.
A escrita siddham apresenta 35 caracteres para consoantes, 14 para vogais e 12 vogais com som “K”; a escrita é feita em linhas horizontais, da esquerda para a direita. As características do sistema podem ser facilmente identificadas, principalmente por aqueles que dominam qualquer outro sistema atual de escrita presente no subcontinente indiano.
Os símbolos referentes a uma determinada sílaba apresentam aparência bastante similar nos sistemas de escrita siddham, da escrita tibetana, do bengali, que é a língua oficial de Bangladesh, e também o cingalês. A similaridade entre as escritas citadas ocorre porque quase todos os sistemas foram desenvolvidos inicialmente para representar o idioma sânscrito em suas regiões.