Esse primeiro momento vai até a saída dos holandeses do território brasileiro, em 1654. Durante esse período, a língua portuguesa convive com as línguas indígenas, com a língua geral (língua falada pela maioria da população) e com o holandês.
Considera-se que o segundo momento tem início com a saída dos holandeses do Brasil e estende-se até a chegada da família real portuguesa. Nesse período, o território passa a receber um número crescente de portugueses, bem como negros trazidos como escravos. Consequentemente, a língua falada na colônia recebeu influências africanas, principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria, e do quimbundo angolano.
Nessa fase, o português falado no Brasil ia se distanciando do idioma falado em Portugal, uma vez que a colônia recebia as influências dos indígenas brasileiros e dos imigrantes africanos.
O terceiro momento da história da língua portuguesa no Brasil tem início com a vinda da família real, entre 1808 e 1821. Além de aumentar o número de portugueses no país e transformar o Rio de Janeiro na capital do Império, a criação da imprensa também produziu um efeito de unidade do português para a então colônia.
Após a independência, em 1822, o português brasileiro ainda sofreu influências dos imigrantes europeus, com destaque para os italianos, espanhóis e holandeses. No final do século XIX, o português falado no Brasil diferenciou-se ainda mais da língua portuguesa falada em Portugal. As discussões envolvendo as diferenças do idioma ganharam espaço através da literatura, durante as fases do Romantismo e do Modernismo, motivando a população a valorizar a variedade brasileira da língua portuguesa.