A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um partido político brasileiro, fundado pelo jornalista Plínio Salgado em 7 de outubro de 1932. Miguel Reale e Gustavo Barroso também tiveram participação importante na fundação da sigla.
Ela nasceu a partir de um documento intitulado ‘Manifesto de 1932’. A principal característica desse documento é que ele queria um estado autoritário. Sua maior inspiração foi o fascismo italiano.
Sua ideologia defendia a propriedade privada, mas diziam não ao capitalismo, a produção em massa. Outra bandeira defendida pelos membros da Ação Integralista Brasileira é o moralismo e o nacionalismo. Eles não aceitavam o comunismo, tampouco o liberalismo econômico. Para eles, a cultura e a ordem deviam estar acima de qualquer outra influência.
Ação Integralista Brasileira e seus membros
Faziam parte desse movimento a classe média do Brasil. Seus membros ficaram conhecidos como os camisas verdes ou galinhas verdes. Ambos faziam menção ao tipo de uniforme que usavam e se cumprimentavam com a expressão em tupi: “anauê”, que significa “eis-me aqui” e sua bandeira tinha o símbolo grego sigma ∑
Outra forma de reconhecimento do grupo é que seus membros se cumprimentavam com o braço esticado e mão aberta, como algumas das organizações fascistas da época.
O seu peso na História brasileira se deu, principalmente, entre muitos políticos e intelectuais da época na década de 30. Um apoio de peso foi o do Presidente Getúlio Vargas.
Proibição dos partidos políticos
No entanto, ao implantar o Estado Novo, o então presidente proibiu a existência de partidos políticos, até daqueles que havia apoiado outrora, como é o caso da Ação Integralista Brasileira.
Um ano depois da sua proibição, em 1937, quase 100 membros da Ação Integralista Brasileira invadiram o Palácio da Guanabara, onde era a residência oficial do Presidente da República.
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O líder da tentativa de golpe foi o integralista Severo Fournier. Os dois principais objetivos dessa ação era: tirar o presidente Getúlio Vargas e liberar novamente os partidos políticos, entre eles, a Ação Integralista Brasileira.
Exílio de Plínio Salgado
O resultado desse levante foi desastroso! Além de não conseguirem depor o presidente, seu líder, Plínio Salgado foi exilado para Portugal. E o partido ficou fechado durante toda a gestão de Vargas. Além disso, seus membros sofreram perseguição e muitos foram presos.
O partido existe até hoje mesmo sem representantes legais. E sua ideologia ainda faz parte de inúmeras outras siglas partidárias brasileiras que têm o nacionalismo como uma das suas bandeiras defendidas.