Segundo o secretário da CPLP , existem muitos intelectuais que não aplicam o acordo ortográfico, pois acham que não traz nenhuma vantagem. Murargy afirma que não há uma unanimidade sobre se valeu a pena a quantidade de dinheiro gasto.
Uma das implicações financeiras da aplicação do acordo são as alterações dos manuais escolares. Principalmente nos países africanos, não há capacidade financeira para mandar alterar tudo. Murargy também ressaltou que seguir o novo acordo não é prioridade, mas que Comunidade dos Países de Língua Portuguesa deve se concentrar no que é fundamental para permitir o desenvolvimento dos países-membros.
Para ele, não é preocupante se o acordo ortográfico está sendo aplicado, o importante é que as pessoas possam compreendê-lo.
O secretário acredita que a organização está cada vez mais visível no contexto internacional. Ele esteve em Brasília no fim de outubro por ocasião da 11ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
De acordo com Murargy, os países observadores olham para os membros da CPLP e veem a sua importância no cenário internacional, o potencial econômico e os recursos naturais que têm. Ele afirma que os países observadores querem ter acesso às negociações sobre comércio e investimento, e todos querem aprender português, sobretudo por causa dos países africanos.
Murargy também afirma que os países-membros da CPLP devem redefinir os objetivos da organização, levando em consideração o seu potencial econômico e seus recursos naturais. Ele destacou que os países-membros têm uma capacidade enérgica muito forte e o maior dos desafios está na área da educação e do desenvolvimento humano.