Como exemplo de adsorção, podemos citar o uso do carvão para eliminar o odor das geladeiras, gerado pela produção de substâncias gasosas voláteis provenientes da decomposição dos alimentos. Essas substâncias adsorvem nos poros da superfície do carvão, eliminando o odor. Outro exemplo comum no dia a dia é o uso do carvão ativado para eliminar as impurezas no tratamento de água, ou ainda a sílica gel, que é um composto sintético utilizado para reter a umidade nos ambientes.
Entre as formas de interação que podem acontecer entre as moléculas, temos a adsorção, que é a adesão das moléculas de um fluído, chamado de adsorvido, a uma superfície sólida, chamada de adsorvente. A adsorção pode acontecer por meio de forças de natureza física ou química.
A adsorção que acontece por meio de forças físicas é denominada fisissorção. Neste caso, as moléculas ou átomos se aderem à superfície do adsorvente, de uma forma geral, por meio das forças de Van der Waals – ligações intermoleculares de longo espectro, mas que são muito fracas, incapazes de formar ligações químicas -. A adsorção física é um processo reversível e, apesar de uma molécula fisicamente adsorvida reter sua identidade, pode ser deformada pela presença dos campos de força da superfície.
A adsorção química também pode ser chamada de quimissorção, e é específica, empregada na separação de misturas. Nesse caso, as moléculas ou átomos aderem à superfície do adsorvente por meio de ligações químicas que, normalmente, são covalentes – o tipo da ligação depende das substâncias que participam do sistema-, tendendo a acomodar-se em locais que propiciem o maior número possível de coordenação com o substrato. O processo é exotérmico e irreversível, uma vez que há a formação de ligações químicas.