Afinidade eletrônica

Quando falamos em afinidade eletrônica, estamos nos referindo à uma propriedade periódica, também conhecida como eletroafinidade. Refere-se ao número atômico dos elementos e apresenta uma ordem de crescimento nos períodos e grupos da tabela periódica que está relacionada à quantidade de energia liberada por um átomo ao receber um elétron ou ao perder um ânion.

O flúor, por exemplo, tem a capacidade de atrair os elétrons, o que origina uma carga negativa. Com isso, é liberada uma quantidade de energia que, para o flúor, é de 328 kj, mas isso varia de acordo com cada elemento. Essa energia liberada é o que chamamos de eletroafinidade.

Essa afinidade eletrônica, no entanto, não é muito fácil de ser medida e, por isso, foram determinados os valores somente para alguns elementos da tabela periódica.

Afinidade eletrônica

Foto: Reprodução/ internet

Valores de afinidade eletrônica

Os maiores valores de afinidade eletrônica, dentre todos os elementos da tabela periódica, estão os halogênios, pertencentes ao grupo 7A, enquanto os menores são os metais – alcalinos – do grupo 1ª.

Energia

Os elementos conhecidos até os dias atuais, todos, liberam energia ao receber um elétron nas condições especificadas de forma que o valor real da afinidade eletrônica é sempre um número negativo.

Quanto maior for esse valor, maior a energia que será liberada de forma que o Cloro, que tem afinidade eletrônica -349 KJ/mol, libera mais energia que o sódio, que tem afinidade eletrônica -53 KJ/mol.

Variação da afinidade eletrônica

A afinidade eletrônica, de uma forma geral, na tabela periódica, aumenta da esquerda para a direita e de baixo para cima, mas algumas exceções podem ser encontradas, como é o caso do cloro que apesar de estar em uma posição inferior, possui maior afinidade que o átomo de flúor, por exemplo.

Propriedades periódicas influenciam a afinidade eletrônica:

  • Eletronegatividade: o átomo, quanto mais eletronegativo, mais terá afinidade eletrônica, já que o núcleo atrai os elétrons de forma mais intensa, e requer mais energia para extraí-los.
  • Raio atômico: quanto menor for o raio atômico, maior será a eletronegatividade e, consequentemente, maior será a afinidade eletrônica. Átomos menores, portanto, apresentam afinidades maiores que os átomos de maior tamanho.
  • Potencial de ionização: esse fator mede a resistência de um átomo em se tornar cátion monovalente, portanto, quanto maior for a resistência, maior será a afinidade eletrônica do átomo. Ou seja, quanto maior o potencial de ionização, maior será a afinidade eletrônica.