O conceito de altruísmo opõe-se ao de egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais, sejam elas pessoais ou coletivas. Na definição de Comte, o altruísmo enquanto virtude é o ato de viver para os outros, sendo necessário o domínio dos instintos egoístas que existem naturalmente em todo ser humano. Com o domínio do egoísmo, as inclinações benévolas, que também estão sempre presentes, irão emergir.
O conceito de altruísmo possui a relevância filosófica de se referir às disposições naturais do ser humano, que indicam que o homem pode ser bom e generoso naturalmente, sem que a intervenção religiosa seja necessária.
Segundo a doutrina cotidiana, o altruísmo pode apresentar-se em três categorias fundamentais: o apego, a veneração e a bondade. Do apego à bondade, a intensidade do altruísmo diminui e, por este motivo, sua importância e sua nobreza aumentam. O apego faz referência ao vínculo que os iguais mantêm entre si; a veneração diz respeito ao vínculo que os mais fracos possuem com os mais fortes (ou vínculo entre os que vieram depois para com os que vieram antes); já a bondade é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois). Um indivíduo altruísta age de forma que concilie a sua satisfação pessoal ao bem estar e a satisfação de seus semelhantes.
Na Biologia, para que existam comportamentos altruístas, não é necessário que, por trás deles, exista uma vontade consciente de beneficiar outros. Dessa forma, os comportamentos são considerados altruístas quando ocorrem gastos para a aptidão reprodutiva do organismo e uma vantagem para outro organismo. O altruísmo é comum em organismos com estruturas sociais complexas, como os mamíferos e insetos.