Ampola de crookes

Feita de vidro ou ainda quartzo, a ampola de crookes tem um espaço em que se faz o vácuo, além de conter duas placas metálicas que são ligadas a uma fonte de tensão elétrica. Cátodo é como chamamos a placa que é ligada ao polo negativo, e anodo é a unificada ao polo positivo. A tensão que se forma entre o cátodo e o anodo, quando fica elevada, gera um feixe luminoso que sai do cátodo atravessando o tubo inteiro: a esses feixes chamamos de raios catódicos.

História

Durante o século XIX, mais precisamente na última década, muitas pessoas no continente europeu investigavam as propriedades desses raios catódicos e, nesse contexto, acabavam produzindo raios-x, mas sem sequer saber ou notar isso. Esse fato não era notado porque a radiação não tem grande interação com a matéria, o que faz com que não seja detectada tão facilmente. E foi assim que entrou em cena, posteriormente, o talento de Roenthen.

No ano de 1895, Roenthen descobriu os raios-x, mas ainda nessa época ninguém sabia do que se tratavam os raios emitidos. Acreditava-se que eram ondas eletromagnéticas, mas ainda sem argumentação convincente. Dois anos depois, J. J. Thomson, cientista inglês, descobriu e demonstrou que os raios eram formados por partículas com carga negativa que, hoje, sabemos se tratar de elétrons.

Ampola de crookes

Imagem: Reprodução/ internet

Os elétrons, ao saírem do cátodo e atingirem o anodo – ou as paredes internas do tubo –, geram uma troca de energia cinética dos elétricos, que é convertida, em partes, em calor e em radiação eletromagnética. Essa radiação – hoje já sabemos – é o que Roenthen descobriu e que ganhou o nome de raio-x.

Como funciona?

Vejamos uma analogia para compreender melhor o funcionamento. Quando temos um alvo metálico e pesado que é atingido por uma rajada de balas. A energia cinética das balas, em grande parte, será dissipada não só arrebentando, mas aquecendo o alvo atingido. A outra parte será transformada em ondas sonoras.

As ondas dos elétrons não são de sons, mas sim eletromagnéticas que são invisíveis e têm uma alta frequência, o que permite que extravasem o vidro e se espalhem no ambiente exterior.

É assim, inclusive, que funcionam os televisores e monitores de computador, por exemplo. Apesar disso, não é preciso se preocupar, pois os materiais usados atualmente nos tubos, são diferentes dos antigos e não permitem que o raio-x vaze para o ambiente e atinja o usuário causando danos à saúde. Os mesmos ficam retidos na ampola de crookes.