Ano bissexto

Ano bissexto é como chamamos um ano em que acrescenta-se um dia: ao invés de 365 dias, conta com 366. Ele ocorre a cada quatro anos, exceto quando é múltiplo de 100. Isso serve para que o calendário anual seja ajustado sempre com a translação da Terra, assim como os eventos sazonais que estão relacionados às estações do ano. No ano de 2012, vivenciamos o último ano bissexto. O próximo será no ano de 2016.

Como ocorre

O calendário gregoriano usado em diversos países teve a inclusão desse dia extra, assim como em calendários ditos solares – em diferentes meses e posições -, no mês de fevereiro, contando o 29° dia.

O dia é acrescentado para que seja corrigida a discrepância existente entre o ano calendário e o ano de translação da Terra em volta do Sol – ano trópico –. A Terra, na realidade, leva em torno de 365,2422 dias solares para dar uma volta completa em torno do sol. Com o ano calendário contando com 365 dias solares, sobram cerca de 5 horas, 48 minutos e 46 segundos que são juntados ao 4° ano ( 4 x 6 horas = 1 dia ). Atualmente a expressão é usada associada ao duplo seis (66) de 366 dias no ano, mas para os estudiosos, trata-se de um grande equívoco.

Ano bissexto

Imagem: Pixabay

Regras

No calendário Juliano, que vigorou de 45 a. C. até 7 a. C. foi modificado de Numa Pompílio por Júlio César, ditador. Para eles, o dia extra era acrescentado sempre após o dia 25 de Februarius e acontecia a cada três anos. Foi com isso, na forma que os romanos contavam os dias do mês, que os anos ficaram conhecidos como ano bissextos.

No calendário Augustiano que vigorou de 8 d.C. até 1581, César Augusto, imperador, fez uma correção: a cada 4 anos, ao invés de 3, um dia seria acrescentado após o dia 24 de Februarius. O senado romano então homenageou o imperador trocando o nome de Sextilius para Augustus. Esse mês passou a ter 31 dias, ao invés de 30, enquanto Februarius deixou de ter 29 dias e passou a ter 28.

O calendário gregoriano, por sua vez, no ano de 1531, foi determinado pelo Papa Gregório XIII para corrigir o atraso acumulado. O ajuste deveria ser feito para que o equinócio de março caísse no dia 21 daquele mês. O Papa então encomendou estudos que permitissem corrigir os erros dos calendários passados e também regras mais precisas para o ano bissexto. Calculou-se que, de 325 para 1582, (passados 1257 anos), acumularam-se aproximadamente 10 dias que deveriam ser retirados. Com isso, no ano de 1582, quando houve a transição entre os dois calendários (Juliano e Gregoriano) os dez dias foram retirados: do dia 4 de outubro, o calendário passou ao dia 15 de outubro.

A nova regra, depois das correções, compreendem que:

  • A cada quatro anos será ano bissexto.
  • De 100 em 100 anos, não será ano bissexto.
  • De 400 em 400 anos, é ano bissexto.
  • As últimas regras prevalecem sobre as primeiras.