O termo ano sideral é usado para referir-se ao período de revolução do planeta Terra em torno do Sol, relativamente às estrelas. Para entender melhor, em questão de dias, um ano sideral tem 365,2564 dias solares médios ou ainda 365 dias, 6 horas, 9 minutos e 10 segundos. “No antigo calendário romano, o primeiro dia do mês se chamava calendas, e cada dia do mês anterior se contava retroativamente. Em 46 a.C., Júlio César mandou que o sexto dia antes das calendas de março deveria ser repetido uma vez em cada quatro anos, e era chamado ante diem bis sextum Kalendas Martias ou simplesmente bissextum. Daí o nome bissexto”, segundo fragmento de KEPLER e SARAIVA (1993).
Para entender melhor, esse tempo de seis horas deveria ser acumulado por quatro anos (4 x 6 = 24 horas), e somaria um dia a mais no ano a cada quatro anos: dia 29 de fevereiro.
Ano tropical, apesar de ser também relacionado ao movimento de revolução da Terra, refere-se ao Equinócio Vernal, ou seja, ao início das estações. Compreende o período de 365,2422 dias solares médios, ou ainda 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
O modelo atual de calendários baseia-se no modelo romano, mas o ano romano era lunar – leva em conta o período de revolução da Lua, que tem como período sinódico 29,5 dias. Um mês, portanto, tinha 29 dias e o outro 30, totalizando 354 dias no ano. Era, portanto, necessário, a cada três anos, inserir um décimo terceiro mês, e com isso tornou-se algo irregular.
O calendário, portanto, foi modificado duas vezes. A primeira delas, em 46 a.C. por alexandrino Sosígenes, e a segunda em 1582 d.C. durante o papado de Gregório XIII, e por isso recebeu o nome de Calendário Gregoriano.