O período foi marcado por uma imensa repressão e censura de todos os meios de comunicação envolvendo jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressões artísticas. Devido à essa repressão e censura, muitos dos feitos artísticos levaram décadas para serem, finalmente, publicados sem cortes.
A censura fazia com que poucos, além dos perseguidos devido à censura, soubessem do que realmente acontecia no país. Isso devido à imagem de país próspero, graças ao “Milagre Econômico”. As informações verdadeiras não chegavam até a mídia, impedindo a visão dos problemas por parte da população.
Houve uma forte investigação dos suspeitos de ir contra a ditadura, além da prisão, tortura e exílio de professores, artistas, músicos e políticos que demonstravam seus ideais contra o regime.
Neste período, com tanta injustiça, surgiu a resistência civil e, entre essa resistência, encontrava-se a guerrilha rural, que era uma estratégia do PC do B. Também conhecida como Guerrilha Araguaia, a luta teve início nas partes mais isoladas do Brasil chegando, posteriormente, aos grandes centros. O Destacamento de Operações e Informações e Centro de Informações de Defesa Interna – DOI-Codi –, que era na época o principal centro de investigação e repressão usado pelo governo militar, capturou e identificou muitos dos participantes da guerrilha e, entre suas paredes, estes presos foram violentados, torturados e mortos, além de registrados como desaparecidos.
Aqueles que eram mortos nas celas, eram registrados como desaparecidos para que o governo conseguisse esconder a sujeira decorrente do regime militar.