Já as radiações eletromagnéticas não possuem massa, sendo enquadradas como radiações eletromagnéticas todas as radiações que possuem oscilações elétricas e magnéticas. Um grande exemplo de uso da radiação em benefício do ser humano são os tubos de raio X. O raios X é produzido toda vez que uma substância é bombardeada com elétrons de grande velocidade.
Todos os tubos de raios X consistem em um cátodo e um ânodo, colocados dentro de uma ampola de vidro na qual é feito vácuo. O cátodo consiste em um filamento helicoidal de tungstênio (W), que tem alto ponto de fusão (acima de 3.300°C). Quando o filamento é aquecido elétrons são liberados termoionicamente e acelerados em direção ao ânodo por meio de uma diferença de potencial entre o filamento (-) e o ânodo (+), constituindo uma corrente eletrônica.
Estes elétrons acelerados ao colidirem com o ânodo, que também é conhecido por “alvo”, têm parte da sua energia convertida em raios X. Estes raios X são emitidos do alvo em todas as direções. Devido a este fato, uma carapaça metálica envolve a ampola, blindando esta radiação, deixando passar apenas uma parte que será utilizada nos tratamentos radioterápicos, chamada de “feixe útil“.
Este é obtido por meio de um diafragma, essencialmente um buraco em uma placa metálica por onde passa a radiação. Deste modo, a radioterapia consiste em destruir ou impedir que determinadas células tumorais proliferem, podendo ser combinado com o tratamento quimioterápico também.
As radiações podem ser de diversos níveis ou tipos:
Na braquiterapia, o órgão alvo do tratamento é colocado a uma curta distância do material radioativo, de modo próximo à lesão tumoral. Também pode ser denominada de radioterapia interna, pois pode envolver um implante radioativo, uma solução líquida ou injeção.
Apesar de ser um tratamento indolor, o procedimento pode causar algum desconforto leve. Através da radiação ionizante, as ondas eletromagnéticas possuem energia suficiente para alterar a estrutura de um determinado alvo, por intermédio da retirada de elétrons de seus átomos. Tal processo leva a morte da célula devido às alterações internas da mesma.
A quimioterapia é um tratamento onde se utiliza medicamentos via oral ou venosa, que atinge o corpo inteiro do paciente. A radioterapia é um tipo de tratamento mais específico e local, de acordo com determinada região do corpo que necessite de cuidados.
Pode-se dizer que a radioterapia é uma técnica menos tóxica, não provoca queda de cabelo, mas pode provocar algum tipo de reação na pele por onde o feixe da radiação atravessou, como ardor, vermelhidão ou escurecimento da pele.
Dependendo do local da radiação, se for no abdome por exemplo, o paciente pode ter diarreia, pois os feixes radioativos acabam atingindo o intestino, além de possíveis náuseas.
» JR, Eduardo Schünemann et al. Radioterapia e quimioterapia no tratamento do câncer durante a gestação-revisão de literatura. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 53, n. 1, p. 41-46, 2007.
» FRANZI, Sergio Altino; SILVA, Patrícia Gislene. Avaliação da qualidade de vida em pacientes submetidos à quimioterapia ambulatorial no Hospital Heliópolis. Revista brasileira de cancerologia, v. 49, n. 3, p. 153-158, 2003.