A máscara teatral grega era confeccionada de materiais como: folhas, madeira, argila e couro. Eram feitas de modo que toda a face do ator ficasse coberta, exceto os olhos e a boca. E tinha diversas funções em cena, como por exemplo: conferir ao ator traços expressivos acentuados, para que todo o público pudesse assimilar as intenções e o caráter do personagem.
Os teatros eram a céu aberto e aglomeravam muita gente. O público ficava longe do palco e por isso era necessário evidenciar as características dos personagens usando as máscaras, como espécie de amplificador das suas expressões. Os artefatos também possuíam um cone que se encaixava na boca, servindo de megafone.
Um fato crucial que consolidou o uso das máscaras no teatro grego era a total exclusão da mulher na participação da “pólis” – cidade; comunidade organizada, formada pelos cidadãos (no grego “politikos”), isto é, pelos homens nascidos no solo da cidade, livres e iguais.
É chocante, mas na sociedade que influenciou o mundo de hoje, as mulheres não eram consideradas cidadãs. Ou seja, elas não poderiam atuar porque nas cidades-Estado gregas as mulheres sequer tinham direitos políticos.
O papel feminino estava restringido aos “deveres” domésticos e de procriação. Por esta razão, as máscaras muito coloridas, com perucas, podiam representar personagens de ambos os sexos.
Não se pode dizer com exatidão quem criou o teatro. Mas podemos acreditar que uma semente de videira deu origem a esta arte.
O teatro na Grécia antiga teve suas origens ligadas a Dionísio, divindade da vegetação, da fertilidade e do vinho, do caos, da festividade e cujos rituais tinham um caráter orgiástico.
O teatro se consolidou entre 550 a.C. e 220 a.C., sendo cultivado em especial em Atenas, e espalhou-se por toda a área de influência grega – desde a Ásia Menor até a Magna Grécia e o norte da África.