Assim, o século em questão fica conhecido como o “Século de Ouro” no Brasil, graças à descoberta de ouro em Minas Gerais e ao Ciclo do ouro no Brasil [3].
A então colônia começava a conhecer as ideias iluministas, que vieram ao encontro dos sentimentos e desejos nativistas, com maior repercussão em Vila Rica (atual Ouro Preto). O acontecimento político mais importante da época foi a Inconfidência Mineira, movimento apresentado por meio dos poetas árcades brasileiros.
O Arcadismo chegou à literatura brasileira em meio a esse contexto, rompendo a estética barroca [4] no ano de 1768, e tendo como marco a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa.
O Arcadismo propõe uma literatura mais equilibrada e espontânea, buscando a simplicidade das formas clássicas grego-latinas.
Dentre as principais características do Arcadismo [5] no Brasil estão o apego aos valores da terra, expressos por meio de poesias simples e bucólicas; a valorização do índio como “bom selvagem”; e a sátira política que abordava a exploração portuguesa e a corrupção dos governos coloniais.
A natureza é a temática mais frequente deste movimento literário, por ser considerada reduto por excelência do equilíbrio e da sabedoria.
Filho de portugueses ligados à mineração, Cláudio Manuel da Costa nasceu em Mariana, interior de Minas Gerais, em 1729. Glauceste Saturnino, pseudônimo pastoril de Cláudio Manuel da Costa, é considerado o poeta mais representativo do Arcadismo no Brasil.
Sua poesia simples é bucólica e exalta a natureza, sendo o cenário de Minas uma constante em seus versos. Seu principal título é “Obras Poéticas”, publicado em 1768.
Nascido no Porto, em 1744, Tomás Antônio Gonzaga foi um autor português que viveu em Salvador no final de sua infância e adolescência. Em 1761 voltou a Portugal para estudar Direito e, quando regressou ao Brasil, em 1782, foi nomeado ouvidor de Vila Rica.
De nome arcádico Dirceu, o poeta escreveu versos líricos, com temas pastoris e de galanteio. Suas obras mais famosas são “Marília de Dirceu” e “Cartas Chilenas”.
A principal obra de Santa Rita Durão é “Caramuru – Poema Épico do Descobrimento da Bahia”, lançada em 1781.
Universidade de São Paulo (USP). “Arcadismo“. Disponível em: nilc.icmc.usp.br/nilc/literatura/arcadismo1.htm. Acesso em 1 de abril de 2018.