Areia movediça

A areia movediça, também conhecida no norte do Brasil como areia gulosa ou ainda areia engolideira, é um fenômeno muito usado em cinema, televisão e quadrinhos: o personagem cai na areia e é tragado por ela até desaparecer totalmente. Ao contrário do que se acredita graças aos filmes e desenhos, a areia movediça não engole as pessoas e não faz ninguém desaparecer, mas ela existe sim.

Composição

A areia movediça acontece quando as partículas de areia finas e soltas são submetidas a um fluxo ascendente de água. Isso preenche o vazio entre os grãos de areia soltos e reduz o atrito que existe entre eles, fazendo com que a areia tenha o comportamento de um líquido.

A sua característica de viscosidade reduz-se diante da movimentação brusca, por isso, quando em areia movediça, a pessoa deve movimentar-se lentamente e tentar boiar – o que é fácil graças à densidade da areia movediça, muito superior à da água salgada.

Areia movediça

Foto: Pixabay

Em alguns lugares, no entanto, quando à beira-mar, é preciso tomar cuidado: se a pessoa ainda estiver presa à areia quando a maré subir a vítima pode se afogar.

Essa areia tem aparência bastante sólida, mas mediante à pequena pressão, podemos perceber que não sustenta qualquer peso.

Areia movediça seca

Apesar de ter sido considerada por muito tempo uma lenda dos desertos, a areia movediça seca já foi reproduzida em laboratório por alguns cientistas holandeses. A experiência envolveu a injeção de ar comprimido ao fundo de uma caixa com areia de grãos de 0.04 mm de diâmetro e a deixaram assentar. O resultado: bolinhas de pingue pongue afundavam em segundos a uma profundidade de até seis vezes o seu diâmetro. Um décimo de segundo depois, inclusive, um esguicho de areia se eleva até cinco vezes o tamanho do objeto que afundou. Acredita-se que essa areia movediça dos desertos se forme em decorrência das tempestades de areia.

Onde é encontrada

A areia movediça pode se formar basicamente onde existir dois ingredientes: água e areia – desde que seja o solo arenoso composto por partículas que são finas e soltas. Pode ser encontrado em regiões onde existem nascentes ou ainda em proximidades à margens de rios, pântanos ou praias durante a maré baixa.

Podem surgir ainda durante um terremoto, por exemplo, desde que as águas subterrâneas – como de lençóis freáticos – emerjam para o solo.