O clima intenso decorrente da sucessão do trono de Carlos II resultou em fervoroso período de guerra. Os conflitos duraram 11 anos e iam do norte da Itália, com passagem pela França, Países Baixos, Península Ibérica e principados alemães.
A corte portuguesa, que até então tinha aprovado a parceria Espanha/França, um pouco mais tarde se posicionaram contra e também se uniram aos ingleses. Inclusive, os combates chegaram a se perpetuar por áreas coloniais.
Apesar dos enfrentamentos, o rei Felipe V permaneceu no cargo na Espanha, porém teve que deixar de lado a pretensão de sucessor do trono francês. Veio então o fim da guerra e o declínio de espanhóis e franceses nos confrontos. Com isso, já era hora de iniciar os acordos que iriam definir os rumos geopolíticos a serem seguidos.
Assim, entre 1712 e 1715, na cidade holandesa de Utrecht, um encontro entre Portugal, Inglaterra e outras nações que estiveram envolvidas na guerra acabou estabelecendo o acordo conhecido como “Paz de Utrecht”.
Nesse mesmo acordo também foi acertado, em Congresso, que a França iria repassar para os ingleses os territórios da Nova Escócia e Terra Nova. Assim como o Estreito de Gibraltar, até então da Espanha, deveria ser entregue à Inglaterra.