De acordo com o gramático Cegalla, as aspas são empregadas nos seguintes casos:
Antes e depois de uma citação textual (palavra, expressão, frase ou trecho).
Exemplos: “A bomba não tem endereço certo.” (Cecília Meireles)
Disse o pintor grego Apeles ao sapateiro que o criticara: “Sapateiro, não passes além da sandália!”
Costuma-se colocar aspas em expressões ou conceitos que se deseja pôr em evidência:
Exemplos: Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de “menino diabo”. (Machado de Assis)
Miguel Ângelo, “o homem das três almas”… (Carlos de Laet)
Devem vir entre aspas ou, então, grifadas, palavras estrangeiras, termos da gíria e expressões que devem ser destacadas.
Exemplos: Assim me contou o “tira”… (Aníbal Machado)
João vestiu um short azul e foi jogar bola.
Dependendo do caso, as aspas podem ser usadas antes ou depois do ponto final. Preste atenção nos casos a seguir:
1) Quando a citação inicia e encerra o parágrafo, o ponto final é colocado antes das aspas.
Exemplos: “Não vou admitir votos contra uma questão fechada do partido.”
“A bomba não tem endereço certo.” (Cecília Meireles)
2) Quando a citação encerra o parágrafo, o ponto final fecha depois das aspas.
Exemplos: Na opinião do senador, “é imperiosa a aprovação do aumento de recursos para a educação”.
O vereador afirmou que “ainda é cedo para se guiar por pesquisas”.
Observação: No caso de dois-pontos antes da citação, o ponto final pode ficar antes ou depois das aspas. Observe os exemplos:
O vereador disse a todos os presentes na reunião: “Ainda é cedo para se guiar por pesquisas”.
O vereador disse a todos os presentes na reunião: “Ainda é cedo para se guiar por pesquisas.”
3) No caso de citação dentro da citação, são empregadas as aspas simples.
Exemplo: “Desde os cinco anos merecera eu a alcunha de ‘menino diabo’”. (Machado de Assis)