Muito parecido com São Paulo, o carnaval do Rio de Janeiro explora o samba e encanta o mundo. Os desfiles das escolas de samba surpreendem pela beleza e glamour. Já os blocos de rua como o Cordão da Bola Preta, o Suvaco de Cristo, Bafo da Onça e Cacique de Ramos são ritmados pelas marchinhas, cujo ápice se dá nas letras das canções que fazem críticas sociais e políticas.
Não há como não ‘ferver’ no carnaval de Recife. Foi daí que surgiu o nome do ritmo que dita o compasso na capital de Pernambucana: o frevo. Ele mistura movimentos inspirados no maxixe, na marcha e em elementos da capoeira. Outro ritmo que marca o carnaval nessa região é o maracatu. Ele é uma dança folclórica que lembra a tradição do reisado com forte influência religiosa.
Vizinha do Recife, Olinda tem o carnaval de rua mais famoso do Brasil. Com território marcado por inúmeras ladeiras, as bandas de frevo e de marchinhas comandam a festa. Para animar ainda mais, a cidade possui blocos formados por bonecos gigantes que são acompanhados por milhares de pessoas.
Praticamente, não há espaço para outro ritmo no carnaval de Salvador que não seja o axé. Ele é uma mistura de reggae, batidas africanas, maracatu e frevo. Durante o evento, a música baiana é reproduzida em caminhões conhecidos como trios elétricos, com enorme potencial acústico. Criados pela dupla Dodô e Osmar, o veículo é conduzido por bandas famosas pelos circuitos da folia em Salvador. Já os blocos de afros e afoxés, como o Ilê Ayiê, Filhos de Gandhy, Olodum, Bankoma e o Muzenza, saem às ruas sob as batidas dos tambores africanos.