Bacias sedimentares

As bacias sedimentares são depressões na superfície que, no decorrer do tempo, foram preenchidas por sedimentos. Ao longo de milhões de anos, a deposição de material sedimentar transforma-se em formações rochosas. De acordo com a sua origem, são três os principais tipos de substâncias que são depositadas nestas depressões: materiais de origem biológica (restos de animais, fragmentos de conchas, recifes de coral, ossos etc.); materiais depositados por erosão de regiões próximas à bacia, devido à ação da água, vento, rios ou geleiras; e materiais precipitados em corpos d’água dentro da bacia. Geralmente, as bacias sedimentares estão localizadas em áreas de limites de placas tectônicas e, assim como a maior parte do relevo terrestre, estão em constante processo de renovação, com o depósito constante de sedimentos ou outros fatores tectônicos.

Bacias sedimentares

Foto: Reprodução

Classificação das bacias sedimentares

A classificação das bacias sedimentares é feita a partir de critérios essencialmente tectônicos, tais como: localização relativa aos limites das placas, a natureza do substrato da crusta, a evolução tectônica e o grau de deformação.

Dessa forma, podem ser considerados os seguintes tipos: fossas de afundamento, bacias intracratônicas, bacias oceânicas, margens continentais, bacias frontais, bacias de retroarco, bacias intramontanhosas e bacias de pull-apart.

As bacias sedimentares brasileiras

O Brasil tem cerca de 60% de seu território ocupado por bacias sedimentares, totalizando uma área de 6.436.200 km², dos quais 76% estão em terra e 24% em plataforma continental.

Datadas do Paleozoico, do Mesozoico e do Cenozoico, as bacias sedimentares brasileiras são divididas em três tipos, a saber:

  • Bacias sedimentares de grande extensão: bacias Amazônica, do Parnaíba (ou Meio-Norte), do Paraná (ou Paranaica) e Central;
  • Bacias sedimentares de menor extensão: bacias do Pantanal Mato-Grossense, do São Francisco (ou Sanfranciscana), do Recôncavo Tucano e a Litorânea;
  • Bacias de compartimento de planalto (bacias muito pequenas): bacias de Curitiba, Taubaté e São Paulo, dentre outras.

Atualmente, nove das bacias sedimentares brasileiras são produtoras de petróleo. São elas: Campos, Espírito Santo, Tucano, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas, Potiguar, Ceará e Solimões.

A origem dos fósseis e do petróleo

No processo de formação das bacias sedimentares, muitos restos de animais mortos e materiais orgânicos foram “soterrados” pelos sedimentos depositados no fundo dos oceanos. Dependendo das condições de temperatura e pressão, parte desses materiais foi conservado, originando, assim, os fósseis.

Quando a pressão e as temperaturas são altas, a tendência é que os restos de materiais orgânicos tornem-se líquidos (denominado processo de litificação). Dependendo das condições de armazenamento, este material se acumula e se transforma em petróleo.

Sobre o autor

Formada em Letras (Licenciatura em Língua Portuguesa e suas Literaturas) pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), com certificado DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera), outorgado pelo Instituto Cervantes. Produz conteúdo web, abrangendo diversos temas, e realiza trabalhos de tradução e versão em Português-Espanhol.