A concentração de álcool no ar alveolar é proporcional à concentração de álcool no sangue, e por isso quando o ar é exalado é possível detectar essa concentração no aparelho bafômetro.
Essa é justamente a praticidade: não é necessário tirar sangue do motorista para saber se ele está com níveis fora do permitido por lei. O bafômetro conta ainda com um sensor que mede os efeitos que são provocados pelos resíduos do álcool no hálito da pessoa. O sensor tem condutividade elétrica influenciada pela substância que adere à superfície: quando é oxigênio, a condutividade diminui, e quando é álcool, aumenta.
Todos os tipos de bafômetros usam as reações químicas, mas a substância mais comumente usada como reagente é o dicromato de potássio e a célula de combustível: o dicromato muda de cor na presença de álcool, enquanto a célula gera a corrente elétrica. O mais usado é o de célula de combustível.
Existe ainda muita polêmica em torno do uso do bafômetro por parte da polícia brasileira. Muitos atestam que o aparelho não é suficiente para atestar a embriaguez no trânsito e, contra esse argumento, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), publicou em 4 de setembro de 2012 um acórdão do Recurso Especial repetitivo 1.111.566, que firma a tese de que o teste do bafômetro, ou exame de sangue, podem ser usados para verificar a dosagem alcoólica e comprovar a embriaguez no trânsito, que é crime.
Exame clínico e testemunhas, portanto, não servem para atestar o grau de embriaguez fixado na Lei Seca (Lei 11.705 de 2008).