O balão de ar quente não é um veículo indicado para quem tem pressa de chegar ao seu destino. Ele não pode ser manobrado de forma efetiva, e viaja na velocidade em que o vento sopra. É algo indicado para aqueles que apreciam a experiência de voar. Essa, inclusive, é relatada por muitos como uma das atividades mais serenas e agradáveis já experimentadas.
Os balões que usam ar quente também são aplicações engenhosas dos princípios científicos básicos: o ar quente sobe, e o ar frio desce. O ar frio é basicamente mais pesado que o ar quente. Isso porque o ar quente possui uma massa menor por unidade de volume: um pé cúbico de ar pesa em torno de 28 gramas, mas quando aquecido a 37,8°C, pesará cerca de 7 gramas a menos. Isso justifica, inclusive, o tamanho dos balões: para que se suspenda 453,6 kg, serão precisos aproximadamente 1840,8 m³ de ar quente.
Resfria, sim! Por isso, é preciso manter o ar aquecido, reaquecendo por meio de um queimador que está posicionado sob o envelope do balão. Quando o ar esfria, o piloto reaquece usando o queimador.
Os balões mais modernos aquecem o ar por meio da queima de propano, que é armazenado em forma líquida comprimida em cilindros leves posicionados na cesta do balão. Com uma mangueira de entrada que vai ao fundo do cilindro, o líquido será expelido.
Esse líquido corre rapidamente por meio das mangueiras para a serpentina de aquecimento, que é um tubo de aço com formato de mola em torno do queimador. O propano fica nos tubos e, ao ser aquecido pela serpentina de aquecimento, passa ao estado gasoso, por onde começa a fluir antes que seja aceso.