Em 1826, Comte foi internado em uma clínica de saúde mental para tratar problemas psiquiátricos. Já no ano de 1832, voltou à Escola Politécnica para lecionar, mas saiu em 1844 por não obter cátedra. 1848, o pensador francês criou uma “Sociedade Positivista”, que obteve muitos seguidores. Comte faleceu em Paris, França, no dia 5 de setembro de 1857.
As ideias de Comte influenciaram muito a formação da república no Brasil. O lema da bandeira brasileira, “Ordem e Progresso”, foi inspirado na doutrina positivista do filósofo francês. As ações políticas que acompanharam a proclamação da República, tais como a separação entre igreja e Estado, o estabelecimento do casamento civil, o fim do anonimato na imprensa e a reforma educacional proposta por Benjamin Constant também foram influenciados pela filosofia positivista de Comte.
A Lei dos Três Estados é o fundamento da obra de Comte. Essa Lei postula que os três estados (três formas de concepção da realidade), de acordo com a história humana, são os estados: teológico, metafísico e positivo.
Teológico: No estado teológico, Deus está presente em tudo, todas as coisas são explicadas a partir da vontade dele. Esse estado tem três subdivisões, a saber:
Animismo: os objetos concretos da natureza têm vida própria;
Politeísmo: os desejos e vontades dos deuses possuem controle sobre todas as coisas;
Monoteísmo: os desejos de Deus (um único deus) controlam todos os acontecimentos.
Metafísico: O pensamento abstrato é substituído pela vontade pessoal e a descrença em um Deus leva a crer em relações misteriosas entre as coisas. Os fenômenos são explicados por meio de forças ocultas.
Positivo: Este estado ficou conhecido como Positivismo, no qual a humanidade busca respostas científicas para todas as coisas, a natureza e seus fatos. Seria o resultado dos dois estágios anteriores. O conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro.
O pensamento positivista pregava um modelo de sociedade organizada, onde o poder espiritual não teria mais importância. Na obra “Discurso sobre o Espírito Positivo” (1848), Auguste Comte afirma que o espírito positivo, que abrange a inteligência, os sentimentos e as ações positivas, é maior e mais importante que a cientificidade, que compreende apenas questões intelectuais. O método positivo caracteriza-se, de modo geral, pela observação dos fenômenos.
As obras do filósofo francês são: “Plano de Trabalho Científico para Reorganizar a Sociedade” (1822), “Opúsculos de Filosofia Social (1816-1828), “Curso de Filosofia Positiva” (1830-1842), “Discurso sobre o Espírito Positivo” (1848), “Discurso sobre o Conjunto do Positivismo” (1848), “Catecismo Positivista” (1852), “Sistema de Política Positiva” (1851-1854), “Apelo aos Conservadores” (1855), e “Síntese Subjetiva” (1856).