Três anos após o casamento, Dom João VI teve que voltar a Portugal por conta de uma grave crise política que estava tomando conta do país. Quando isso aconteceu, ele nomeou Dom Pedro I como Príncipe Regente do Brasil.
Porém, a crise no continente europeu levou a corte portuguesa a pedir que Dom Pedro retornasse imediatamente para o país e voltasse o Brasil a ser colônia. Mas isso não foi bem aceito pela população brasileira que se organizou e fez uma lista com 8 mil assinaturas solicitando a permanência de Dom Pedro I no país.
Vendo a mobilização popular, Dom Pedro instituiu o Dia do Fico. Quando ele declarou a famosa frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”. Mas essa rebeldia do príncipe regente teria suas consequências. Inconformados com a permanência dele no Brasil, a corte portuguesa suspendeu o seu salário.
A crise instalada entre a coroa portuguesa e o príncipe só se agravou mais. Diante da negativa dele voltar para Portugal e com o corte do seu salário, a coroa portuguesa deu mais outra investida: rebaixou o regente à condição de delegado das cortes de Lisboa, outra punição pela sua “rebeldia”.
Quando Dom Pedro I soube disso, ele estava viajando entre Santos e São Paulo. Era dia 07 de setembro de 1822 e sua revolta foi tão grande que do local onde estava (às margens do Rio Ipiranga), ele proclamou a independência do Brasil. O ato seria coroado com a clássica frase: “Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!”.
Depois disso, assim que chegou no Rio de Janeiro, ele foi proclamado imperador do Brasil. Recebeu sua coroa no dia 1º de dezembro e no ano seguinte já começou a desenvolver a Carta Magna.
Em 1826, Dom João VI morreria e Dom Pedro foi a Portugal para assumir a corte de lá. Porém, a constituição não permitia que a mesma pessoa ficasse com duas coroas. Vendo isso, ele simplesmente coroou sua filha, de apenas 7 anos, para ocupar o seu lugar em Portugal, deixando-a com seu tutor, seu irmão Miguel.
Após o falecimento de sua primeira esposa, em 1828, ele se casa com Amélia de Leuchtenberg. Sua relação conturbada com a Marquesa de Santos, que era sua amante, faz com que Dom Pedro I vá perdendo o seu status junto aos demais membros da política brasileira.
Tanto foi assim que em 1831, ele abdicou e voltou para Portugal sob o título de Duque de Bragança. Assim que voltou enfrentou logo uma guerra que durou dois anos pela luta do trono português. Pois, ele havia deixado sua filha no trono, mas ele havia sido surrupiado pelo irmão Miguel, a quem nomeou tutor da criança de 7 anos. Poucos anos depois, em 1834, Dom Pedro morre de tuberculose no mesmo lugar onde nasceu.