Eduardo Cosentino da Cunha é um economista, radialista e político brasileiro, filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1958.
Cunha exerceu o cargo de Deputado Federal entre fevereiro de 2003 e setembro de 2016, quando foi cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
É réu no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, além de também ser acusado de ter recebido propina no esquema da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
Trajetória política de Eduardo Cunha
Eduardo Cunha iniciou a sua carreira aos 14 anos, trabalhando como corretor de seguros. De 1978 a 1980, trabalhou como auditor na empresa Arthur Andersen, até finalizar a graduação em economia pela Universidade Cândido Mendes. Entre os anos 1980 e 1982, atuou como economista na Xerox do Brasil.
Seu primeiro contato com a política ocorreu quando trabalhava para as campanhas de Eliseu Resende, candidato ao governo de Minas Gerais, pelo Partido Democrático Social (PDS), na eleição de 1982, e Moreira Franco, em 1986.
Eduardo Cunha filiou-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN) e atuou como tesoureiro do comitê eleitoral de Collor no Rio de Janeiro. Em 1991, foi nomeado por Collor para comandar da Telerj, a então empresa fluminense de telecomunicações.
Cunha foi responsável pela implantação da telefonia celular no Rio de Janeiro e envolveu-se em um escândalo de superfaturamento. Em 1993, foi exonerado da presidência da Telerj e, ao ser investigado no Esquema PC, negou ter participado das atividades ilegais.
Eduardo Cunha candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo em 1998, concorrendo a uma vaga de deputado estadual pelo Rio de Janeiro, mas recebeu votos para suficientes para acabar apenas com a suplência na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro.
Em 1999, o político ocupou a presidência da Companhia Estadual de Habitação. Em 2001, assumiu uma vaga de deputado estadual na ALERJ.
Eduardo Cunha elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 2002, ainda pelo PPB. Foi reeleito, já pelo PMDB, nos anos de 2006, 2010 e 2014.
Em fevereiro de 2015, Cunha foi eleito para a Presidência da Câmara. Em setembro de 2016, foi cassado pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Como deputado, Cunha iniciou o processo que destituiu a presidenta Dilma Rousseff de seu cargo. É considerado um dos políticos mais poderosos do país e, na Câmara, passou a impor derrotas a Dilma e ao PT.
As denúncias contra Cunha
Eduardo Cunha está sendo investigado pela Operação Lava Jato, com denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República ao STF. É acusado de mentir na CPI da Petrobras, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Devido às acusações que pesam contra ele, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal.
Na Lava Jato, Cunha é acusado de receber propinas milionárias, por um contrato de navios-sondas da Petrobras e de empresas ligadas ao Porto Maravilha. Além disso, o seu nome também figura na lista de offshores reveladas pelos Panama Papers.