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Fidel Castro foi presidente de Cuba desde o início da Revolução Cubana [5], em 1958-1959. A rebelião derrubou o governo pró-americano do general Fulgêncio Batista, que foi marcado por corrupção e violência.
A revolução Cubana tinha caráter nacionalista e socialista e recebeu forte influência do médico argentino Ernesto Che Guevara. Os guerrilheiros foram aos poucos ganhado popularidade, com dois novos líderes, Raúl Castro, irmão de Fidel e Juan Almeida.
Em 1959, a revolução começou com suas primeiras reformas, tendo uma grande repercussão nas indústrias, hospitais e escolas. A revolução teve um grande impacto graças às campanhas de alfabetização em massa e de cuidados da saúde para toda população.
Foi graças à revolução cubana que o país rompeu contatos diplomáticas com os Estados Unidos e estabeleceu relações abertas com a União Soviética, fazendo de Cuba um forte aliado do socialismo na América. Na década de 90, os Estados Unidos implementaram um bloqueio econômico a Cuba, o que influenciou a expulsão do país da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Depois da revolução, Fidel inseriu em Cuba um sistema que combatia a desigualdade social entre os cidadãos. Uma de suas frases célebres era “Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana”. [6]
Mas logo após a queda do muro de Berlim, a desintegração da União Soviética e o fim dos regimes socialistas que estavam implementados na Europa Ocidental, Cuba começou a passar por sérias dificuldades financeiras devido a falta de investimento dos soviéticos.
Apesar da igualdade social e de ser um país que possui bons sistemas educacionais e de saúde, os cubanos também sofrem bastante com as dificuldades econômicas.
Amado por muitos e odiado por outros, Fidel foi uma figura que dividia opiniões. Tido como um “herói histórico” para a esquerda moderna e um “ditador sanguinário” por líderes da centro-direita, muitos ainda alegam que Castro era responsável por isolar Cuba por quase 60 anos de todo mundo e pela morte de várias pessoas durante a revolução.
Apesar de ter fama de alguém que possuía uma “saúde de ferro”, as complicações de saúde na vida do revolucionário começaram a aparecer desde que ele teve uma hemorragia intestinal durante uma viagem à Argentina, aos 80 anos de idade.
Após alguns problemas de saúde, em 2008, após 49 anos no poder, Fidel renunciou o cargo de presidente de Cuba, que foi assumido pelo seu irmão Raúl Castro. Fidel morreu anos 90 anos, em Havana, às 22h29 do dia 25, em Cuba, e 1h29 do dia 26 no Brasil.
Por ser alguém que dividia muitas opiniões, as reações à morte do revolucionário foram diversas. Vários cubanos comemoraram a morte do político que consideravam um ditador, enquanto outros também choraram o falecimento de alguém que acreditavam ser um verdadeiro herói.